Sambas-enredo 2023 das escolas de samba de Nova Friburgo

Confira as letras e torça para a sua escola de coração!
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)

Imperatriz de Olaria

Matriarca – Literatura Negra

Compositores: Wallace Thandera, Marlon Dias, Amauri Costa, Wendel Bastos, Higor de Oliveira, Luiz Murillo Dias, Geovane da Grafica

Surgem, aos sopros do vento de Orum, pássaros sagrados
Brilhando no colorido do céu, guardiões de Iyâme
África solo abençoado
Griô...traz ensinamentos, Oxalá abençoe seus conhecimentos
Um começo vindo da literatura
E o poder da palavra é cultura
ÔÔ...navios negreiros que cruzam calunga na dor
Na esperança de encontrar um novo mundo
Brasil terra de um povo miscigenado
Negro, sem valor exposto ao mercado
Homens, mulheres, escravizados
Negras guerreiras, orgulho da sociedade
Um grito de liberdade

Sou eu a filha de Oxum e Iemanjá
Mãe Menininha do Gantois Ialorixá
Ô Mãe Stella de Oxóssi, vou no terreiro saudar
O Ilê Axe Opô Afonjá

Do alto do morro batalhou e fez sua morada
Sua voz a ecoar no “Diário de uma favelada”
Fez seu sustento catando papel, um legado infinito de luz
“Carolina Maria de Jesus”
Negra na luta do direito, igualdade e respeito
Eis que surge a “Esperança Garcia”
Para exaltar a voz do povo preto
Acima de tudo vencer qualquer preconceito
E fazer história na literatura
Gira, gira Tia Celice
Foi matriarca, baiana imperial
De vermelho e branco fez história
Em nosso Carnaval

Um sorriso negro feliz, um abraço negro de amor
Eu sou da negritude, respeite a minha cor (Refrão)
No samba fiz raiz e a voz do peito diz
Eu sou Imperatriz

Unidos da Saudade

EJE – Semente Ancestral

Compositores: Pepê Niterói, André Diniz, Evandro Bocão, Bulacha e Pedro Schuenk,


Eje se entrega ao solo, se formam raízes
A natureza abriga, aquece a semente cresce
Floresce, frutifica
A vida é rica e de novo, renasce imponente
Cada um de nós carrega no sangue
Uma gota de ancestralidade
Que mora no fundo de cada coração
E leva de geração em geração
Herança de Axé, emoção, amor e saudade

Mãe Terra do Saber, matriz da existência
Mãe do Tambor, resiliência
O ventre das raças, luz de toda
Criação africanidade, inspiração

Sabedoria que a corrente não calou
Voz ancestral multiplicou e dividiu
Conhecimento doce à voz de um Griot
Entre os Êres e as aldeias
O mundo inteiro ouviu
A arte ninguém vai calar
Rodas de jongo, poemas e telas
É capoeira, maracatu e samba
Das senzalas aos quilombos, pelos terreiros e favelas

O meu batuque é o toque de africano
É coisa de preto, sim, de Ketu e Angola
E semear, semear por aí
É orgulho da Saudade
É missão da minha escola

Alunos do Samba

Raízes Brasil, Negro Brasil

Compositores: Elizelton, Rafael de Caxxias, Marlon Caetano, Daniel Asth, Diego Asth, Luana Gonçalves, Devid Gonçalves, Bruna Araújo, Dinho Marques e Marcones.

Brilha a luz do Cruzeiro do Sul
Reluz a herança de meus ancestrais
Filhos da realeza, 
Raizes de tanta riqueza
De ébano a tez que não se desfaz
Kalunga que corta as águas,
Espelho das desilusões
A força da fé é que rompe os grilhões

O Axé de meus Orixás
Vencendo a intolerância
Clama por justiça e paz,
Derrota o capataz da ignorância

Em novos quilombos ressurge Palmares
Segue a luta por libertação
A resistência se chama favela!
E em cada viela Zumbi é inspiração
Pra refundar, de sol a sol, essa Nação
Negro, que outrora escravizado,
Sempre foi o renegado na história do Brasil
Hoje, na Avenida é exaltado,
Vê passar o seu legado sob um céu azul-anil
Na Arte, Ciência e Cultura, vitórias de tanta bravura
Conquista que é sua, é minha:
No Alunos Preto é Rei! Preta é Rainha!

Ô ô ô ô... A Negritude é Pioneira!
Firma na paz de Oxalá pra abençoar
Nossa gente bamba!
Ô ô ô ô... A Negritude é Pioneira
Negra Raiz da identidade, por igualdade:
Alunos do Samba!

Vilage no Samba

Tambores da África

Compositores: Jefinho da Bomboniere, Christiano Huguenin,Toninho Silva,Kadinho da Ilha. Participação Especial: Léo Torres e Lúcio Pacheco.

Axé, mãe África!

Berço dos nossos ancestrais

Da pele e negra raiz vamos exaltar seus rituais

Olodumarê! Vem de Orum, divino criador

Ìró ìlù ni ọkàn àdúgbò

O toque do atabaque pelo mundo se espalhou

Vibra liberdade, ressoa nossa voz

O som da igualdade sobre nós

 

Semente do baobá, fruto Jeje, Malê

Resistência pra sobreviver

Aos porões, às correntes dos tumbeiros

A fé para vencer o cativeiro

 

Na força dessa africanidade renasce a identidade

Nos quilombos, nas ladeiras

Vem dançar o caxambu, maculelê, lundu e capoeira

E hoje vamos festejar, tem samba no terreiro de ciata

É kizomba e batucada, minha escola a cantar

 

Àgò yè! Saravá!

É noite de xirê, a gira vai girar

Àgò yè! Saravá!

Na batida do tambor a vila vai passar

Unidos do Imperador

Ykamiabas, herdeiras da Lua guerreiras da Terra

Compositores: Bulacha, Ezequiel do Cavaco, Anderson Choroka e Big de Olaria

Vieram de além-mar

Movidos pela ambição 

E ao chegar

Se encantaram com a beleza desse chão 

Mulheres guerreiras 

Pura sedução 

Uniram aldeias, travaram batalhas

Contra a invasão 

 

O vento soprou e nas Miracemas

A luz do poema, os filhos do sol

As margens do Rio Xingú

Um Novo Mundo com as bênçãos de Kumu

 

E assim

Renasce o tempo de prazer e liberdade

Enfim 

O amuleto que traduz fertilidade, 

Força e poder pra lutar por ideais 

Mostrando ao mundo do que ela é capaz

Do léu ao lar

Guerreiras Amazonas de hoje em dia

Fadadas a mostrar com Galhardia

O seu valor

Canta Comunidade hoje a noite de alegria

A nossa homenagem à você mulher:

O seu lugar onde quiser 

 

É carnaval vim cantar na avenida

Ykamiabas exemplos de vida

Quem canta o legado que você deixou

É o meu Imperador

Raio de Luar

Viva, a vida é uma dádiva

Compositores: Marlon Caetano, Rogério Sancho, Chiquinho Quaresma, Elizelton, Rafael de Caxxias e Guto

É mais um 2 de novembro

Não há porque se assustar

Sei que sou indesejada, mas hoje me lembro que vim te buscar...

Pra viajar!

Numa aventura em pleno carnaval, 

Em que o poeta se fez imortal, 

Pois viver é uma festa!

De cores, de flores...

Aproveitando o tempo que nos resta.

 

Dê um beijo, um abraço, um aperto de mão 

Que o ciclo da vida te traz o perdão 

Plante a paz pra colher o bem 

Faça de alguém um verdadeiro irmão

 

Embarque no trem encantado

e leve ao seu lado só o que te faz bem

Viva sem culpa os amores, 

Sem se importar com ninguém 

Quem dera... o infinito em aquarela, 

Um pôr do sol entre quimeras, 

E um carnaval feliz na passarela 

Não deixe de expressar o puro sentimento 

Pois sei que no amanhã não terás tempo 

Do último te amo vir dizer

 

Celebrar a vida é poder cantar

O amor, a poesia que nos faz feliz 

Raio de luar

És minha raiz

Mortal na avenida

A paixão que eu sempre quis

Bola Branca

Do Passado ao Presente: Bola Branca, Pão e Circo faz o Povo Contente

Compositores: Marion Dias, Thaytan Neves, Gaby Flores, Zai

Povo romano pode chegar

Senhoras e senhores, o show vai começar

Gladiadores, suas batalhas

Fez despertar a falsa esperança de um homem

Pra disfarçar a sede, calar a fome

É crise de cá, problemas de lá

Mas na verdade o que importa é o poder

Hoje já é realidade

A sociedade querendo sobreviver.

 

Devo não nego, pagarei quando puder

Um dia vai melhorar, eu tenho fé

Tem futebol na TV, vou me divertir

O brasileiro quer voltar a sorrir.

 

É gol! Já não se fala em saúde, educação

E o sonho agora é gritar é campeão

Haja coração, é festa da nação

A realidade vem depois

É a luta por um prato de feijão com arroz

O sol vai voltar a brilhar

Basta o mundo acreditar

Homem com homem, mulher com mulher

Não importa quem fica ao seu lado

O importante é amar e ser amado.

 

Samba não tem preconceito

E o Bola Branca chegou lutando pelos direitos

Brancos, negros

Acima de tudo, respeito!

A VOZ DA SERRA esclarece que a Globo de Ouro não passou informações sobre seu desfile

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