Imperatriz de Olaria
Matriarca – Literatura Negra
Compositores: Wallace Thandera, Marlon Dias, Amauri Costa, Wendel Bastos, Higor de Oliveira, Luiz Murillo Dias, Geovane da Grafica
Surgem, aos sopros do vento de Orum, pássaros sagrados
Brilhando no colorido do céu, guardiões de Iyâme
África solo abençoado
Griô...traz ensinamentos, Oxalá abençoe seus conhecimentos
Um começo vindo da literatura
E o poder da palavra é cultura
ÔÔ...navios negreiros que cruzam calunga na dor
Na esperança de encontrar um novo mundo
Brasil terra de um povo miscigenado
Negro, sem valor exposto ao mercado
Homens, mulheres, escravizados
Negras guerreiras, orgulho da sociedade
Um grito de liberdade
Sou eu a filha de Oxum e Iemanjá
Mãe Menininha do Gantois Ialorixá
Ô Mãe Stella de Oxóssi, vou no terreiro saudar
O Ilê Axe Opô Afonjá
Do alto do morro batalhou e fez sua morada
Sua voz a ecoar no “Diário de uma favelada”
Fez seu sustento catando papel, um legado infinito de luz
“Carolina Maria de Jesus”
Negra na luta do direito, igualdade e respeito
Eis que surge a “Esperança Garcia”
Para exaltar a voz do povo preto
Acima de tudo vencer qualquer preconceito
E fazer história na literatura
Gira, gira Tia Celice
Foi matriarca, baiana imperial
De vermelho e branco fez história
Em nosso Carnaval
Um sorriso negro feliz, um abraço negro de amor
Eu sou da negritude, respeite a minha cor (Refrão)
No samba fiz raiz e a voz do peito diz
Eu sou Imperatriz
Unidos da Saudade
EJE – Semente Ancestral
Compositores: Pepê Niterói, André Diniz, Evandro Bocão, Bulacha e Pedro Schuenk,
Eje se entrega ao solo, se formam raízes
A natureza abriga, aquece a semente cresce
Floresce, frutifica
A vida é rica e de novo, renasce imponente
Cada um de nós carrega no sangue
Uma gota de ancestralidade
Que mora no fundo de cada coração
E leva de geração em geração
Herança de Axé, emoção, amor e saudade
Mãe Terra do Saber, matriz da existência
Mãe do Tambor, resiliência
O ventre das raças, luz de toda
Criação africanidade, inspiração
Sabedoria que a corrente não calou
Voz ancestral multiplicou e dividiu
Conhecimento doce à voz de um Griot
Entre os Êres e as aldeias
O mundo inteiro ouviu
A arte ninguém vai calar
Rodas de jongo, poemas e telas
É capoeira, maracatu e samba
Das senzalas aos quilombos, pelos terreiros e favelas
O meu batuque é o toque de africano
É coisa de preto, sim, de Ketu e Angola
E semear, semear por aí
É orgulho da Saudade
É missão da minha escola
Alunos do Samba
Raízes Brasil, Negro Brasil
Compositores: Elizelton, Rafael de Caxxias, Marlon Caetano, Daniel Asth, Diego Asth, Luana Gonçalves, Devid Gonçalves, Bruna Araújo, Dinho Marques e Marcones.
Brilha a luz do Cruzeiro do Sul
Reluz a herança de meus ancestrais
Filhos da realeza,
Raizes de tanta riqueza
De ébano a tez que não se desfaz
Kalunga que corta as águas,
Espelho das desilusões
A força da fé é que rompe os grilhões
O Axé de meus Orixás
Vencendo a intolerância
Clama por justiça e paz,
Derrota o capataz da ignorância
Em novos quilombos ressurge Palmares
Segue a luta por libertação
A resistência se chama favela!
E em cada viela Zumbi é inspiração
Pra refundar, de sol a sol, essa Nação
Negro, que outrora escravizado,
Sempre foi o renegado na história do Brasil
Hoje, na Avenida é exaltado,
Vê passar o seu legado sob um céu azul-anil
Na Arte, Ciência e Cultura, vitórias de tanta bravura
Conquista que é sua, é minha:
No Alunos Preto é Rei! Preta é Rainha!
Ô ô ô ô... A Negritude é Pioneira!
Firma na paz de Oxalá pra abençoar
Nossa gente bamba!
Ô ô ô ô... A Negritude é Pioneira
Negra Raiz da identidade, por igualdade:
Alunos do Samba!
Vilage no Samba
Tambores da África
Compositores: Jefinho da Bomboniere, Christiano Huguenin,Toninho Silva,Kadinho da Ilha. Participação Especial: Léo Torres e Lúcio Pacheco.
Axé, mãe África!
Berço dos nossos ancestrais
Da pele e negra raiz vamos exaltar seus rituais
Olodumarê! Vem de Orum, divino criador
Ìró ìlù ni ọkàn àdúgbò
O toque do atabaque pelo mundo se espalhou
Vibra liberdade, ressoa nossa voz
O som da igualdade sobre nós
Semente do baobá, fruto Jeje, Malê
Resistência pra sobreviver
Aos porões, às correntes dos tumbeiros
A fé para vencer o cativeiro
Na força dessa africanidade renasce a identidade
Nos quilombos, nas ladeiras
Vem dançar o caxambu, maculelê, lundu e capoeira
E hoje vamos festejar, tem samba no terreiro de ciata
É kizomba e batucada, minha escola a cantar
Àgò yè! Saravá!
É noite de xirê, a gira vai girar
Àgò yè! Saravá!
Na batida do tambor a vila vai passar
Unidos do Imperador
Ykamiabas, herdeiras da Lua guerreiras da Terra
Compositores: Bulacha, Ezequiel do Cavaco, Anderson Choroka e Big de Olaria
Vieram de além-mar
Movidos pela ambição
E ao chegar
Se encantaram com a beleza desse chão
Mulheres guerreiras
Pura sedução
Uniram aldeias, travaram batalhas
Contra a invasão
O vento soprou e nas Miracemas
A luz do poema, os filhos do sol
As margens do Rio Xingú
Um Novo Mundo com as bênçãos de Kumu
E assim
Renasce o tempo de prazer e liberdade
Enfim
O amuleto que traduz fertilidade,
Força e poder pra lutar por ideais
Mostrando ao mundo do que ela é capaz
Do léu ao lar
Guerreiras Amazonas de hoje em dia
Fadadas a mostrar com Galhardia
O seu valor
Canta Comunidade hoje a noite de alegria
A nossa homenagem à você mulher:
O seu lugar onde quiser
É carnaval vim cantar na avenida
Ykamiabas exemplos de vida
Quem canta o legado que você deixou
É o meu Imperador
Raio de Luar
Viva, a vida é uma dádiva
Compositores: Marlon Caetano, Rogério Sancho, Chiquinho Quaresma, Elizelton, Rafael de Caxxias e Guto
É mais um 2 de novembro
Não há porque se assustar
Sei que sou indesejada, mas hoje me lembro que vim te buscar...
Pra viajar!
Numa aventura em pleno carnaval,
Em que o poeta se fez imortal,
Pois viver é uma festa!
De cores, de flores...
Aproveitando o tempo que nos resta.
Dê um beijo, um abraço, um aperto de mão
Que o ciclo da vida te traz o perdão
Plante a paz pra colher o bem
Faça de alguém um verdadeiro irmão
Embarque no trem encantado
e leve ao seu lado só o que te faz bem
Viva sem culpa os amores,
Sem se importar com ninguém
Quem dera... o infinito em aquarela,
Um pôr do sol entre quimeras,
E um carnaval feliz na passarela
Não deixe de expressar o puro sentimento
Pois sei que no amanhã não terás tempo
Do último te amo vir dizer
Celebrar a vida é poder cantar
O amor, a poesia que nos faz feliz
Raio de luar
És minha raiz
Mortal na avenida
A paixão que eu sempre quis
Bola Branca
Do Passado ao Presente: Bola Branca, Pão e Circo faz o Povo Contente
Compositores: Marion Dias, Thaytan Neves, Gaby Flores, Zai
Povo romano pode chegar
Senhoras e senhores, o show vai começar
Gladiadores, suas batalhas
Fez despertar a falsa esperança de um homem
Pra disfarçar a sede, calar a fome
É crise de cá, problemas de lá
Mas na verdade o que importa é o poder
Hoje já é realidade
A sociedade querendo sobreviver.
Devo não nego, pagarei quando puder
Um dia vai melhorar, eu tenho fé
Tem futebol na TV, vou me divertir
O brasileiro quer voltar a sorrir.
É gol! Já não se fala em saúde, educação
E o sonho agora é gritar é campeão
Haja coração, é festa da nação
A realidade vem depois
É a luta por um prato de feijão com arroz
O sol vai voltar a brilhar
Basta o mundo acreditar
Homem com homem, mulher com mulher
Não importa quem fica ao seu lado
O importante é amar e ser amado.
Samba não tem preconceito
E o Bola Branca chegou lutando pelos direitos
Brancos, negros
Acima de tudo, respeito!
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