Samba-enredo: Imperatriz de olaria, Alunos do Samba, Vilage no Samba, Unidos da Saudade e Globo de Ouro

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
por Jornal A Voz da Serra
Samba-enredo: Imperatriz de olaria, Alunos do Samba, Vilage no Samba, Unidos da Saudade e Globo de Ouro

Imperatriz de olaria

“Em busca da luz que me guia. Um ato de força, coragem e fé!”

Compositores:

João Paulo, Evandro das Neves, Matheus Reis, Eduardo Horácio, Juan Martins e Rickison

 

Vai clarear! O meu caminho há de iluminar

Sigo meu rumo em busca dessa luz

Pra desvendar minha razão

Descobrir de onde vem a força que me guia

E a mente entender qual credo escolher

Quem vai nos defender e amparar

A minha essência vai revelar

Me libertar da escuridão

Fiz sacrifícios, adorei, moldei imagens

Acendi velas e me ajoelhei

Venci demandas com arruda e guiné

Na Água benta consagrei a minha fé

 

Bato cabeça, Saravá!

Padroeiro me proteja esteja onde eu estiver

Vou na batida do coração

Todo canto uma crença

Muito amor em louvação

 

Sempre em frente com minha verdade

Sou fiel aos sentimentos para onde me levar

Reza, mandinga ou profecia

Quando a alma incendeia não importa a unção

Aos pés do altar, vou consagrar

Pedindo aos céus a direção

A cura vai vencer, e o mal vai sucumbir

Quem tem fé abençoado está

Em Templos, Capelas, Catedrais,

Mesquitas, Sinagogas e Terreiros...

Suplico a vós em devoção

A morte...A vida...Ressureição!

De vermelho e branco peço paz e proteção

A Imperatriz é nossa religião.

 

Sagrado é minha Coroa, a vida presenteou

Uma paixão sem limite, desejo intenso de amor

Quando o milagre acontece... A comunidade vibra!

Em Olaria, Samba é oração, abençoado é noss

 

Vilage no Samba

Mistikysmós

Compositores:

Jefinho da Bombonieri, Christiano Huguenin, Léo Torres, Juca Dentista, Toninho Silva e Fagner Carvalho

 

Mistérios a desvendar

Misticismo no ar e bruxaria

A antiga arte foi essência

Ocultismo, existência, sabedoria

Na era medieval a pedra filosofal era imortalidade

Mas na santa inquisição

Quanta maldição, tanta crueldade

Na natureza fez-se primavera

Folhas e ervas pra purificar 

A magia que nos libera

Do corpo, da alma, o dom de curar 

No jogo das cartas, destino traçado

Meninos que dançam, o céu estrelado

Ao som de pandeiro e violino

Um povo festeiro e peregrino

Ê vida cigana!

O meu prenúncio vem no giro da baiana

ÊÊÊ vida cigana!

Traz alegria à minha escola libriana

O amanhã há de trazer um lindo dia

Pra iluminar e reluzir na imensidão 

Os astros em perfeita harmonia

Vão vestir a fantasia pra viver a emoção

Delirar com a mensagem zodiacal

E desfilar no carnaval

A vila chegou com sua magia

Encanto de amor que a alma inebria

Lançou feitiço da mais pura sedução

Fez um rebuliço no meu coração

 

Alunos do Samba

Maricá - Quem nunca sonhou um sonho sonhado

Diretoria de Carnaval:

Alessandro da Silva Sérgio Caetano

 

Sou Zé!

Carioca, malandro e faceiro

Sou passageiro e te convido a viajar

Em meu sonh o fascinante

O cenário é deslumbrante

Tão lindo é ver o céu beijar o mar

No litoral um bom lugar pra se viver

Curtir e se apaixonar

Tantas histórias e memórias

Da cultura deste chão

Entrada da Costa do Sol

Que já conquistou o meu coração

 

Inoã na aldeia, desperta paixão

É fogo ardente, é a fúria do vulcão

O choro da dor que lava a alma

O mal apaga e traz a transformação

 

A fé!

Carrego em meu peito aonde vou

Milagres... Essa terra já presenciou

O povo reunido em oração, segue sua procissão

Nossa Senhora do Amparo a nos guiar

Fui na casa de Darcy

Me encantei com o projeto de Oscar

O ouro negro, te faz evoluir

Qualidade de vida, o povo feliz a cantar

A riqueza desse país... É Maricá

 

Na maré da alegria... Neste samba de amor!

No rufar da bateria, a pioneira chegou

Alunos do Samba, vai a luta e segue em frente

Vai ser diferente!

 

Unidos da Saudade

Rainha, Feiticeira, Sacerdotisa: Nã Agotimé, um corpo escravo de alma livre

Enredista:

Izimar Dalboni Cunha

 

Nã Agotimé... Rainha-Mãe, guerreira kpojito,

De Daomé a luz que nos guiou,

Dona dos mistérios dos Voduns

Nã Agotimé... A sacerdotisa feiticeira,

Escravizada em desatino

Eis sua saga, o seu destino:

Cruza o mar azul,

Chega ao Maranhão

Alma livre em corpo preso pela opressão

Vai unir o irmão o de fé,

Nessa terra de magia,

Pra cumprir a profecia

Ô ô ô ô ô ô... Trama em seus cabelos a alforria!

Ô ô ô ô ô... O seu Vodum anuncia

Retorna ao seu quinhão! Oh, Negra-Mina!

Sua missão será cumprida, Jesuína!

Em São Luís funda a Casa das Minas,

É Jeje o culto na tradição

Guarda os segredos de Xelegbatá,

Zomadonu lhe deu a nova designação

Voduncis giram e afastam o mal,

Nessa noite de Carnaval

Trazem axé pra nossa Nação!

Bate o Tambor de Mina, faz essa terra tremer

Salve, Maria Mineira Naê!

Na Festa pro Divino,

O boi gira até de manhã

Hoje a Saudade é o seu Querebentã!

A Escola do Povo vai te coroar,

É tempo de amor, já disse o Ifá!

Saudade é raça! Raiz ancestral!

Vai começar o ritual!

 

Globo de Ouro

Você tem medo de quê?

Diretor de Carnaval:

Cailan da Silva Cardoso

 

Da morte ou escuridão, do bicho papão

São tantas fobias

Que aceleram o coração, é uma sensação que a pele arrepia

Diz quem não tem medo de bactérias e insetos em geral?

Retratando o dia a dia trago em fantasias o que é real

Credo em cruz, assombração me faz tremer

Num castelo assombrado eu posso ver

Tem fantasma por aí, a revelia

Arrepia bateria!

E hoje na dura realidade pelas ruas da cidade

Alguém pode te levar, no toque do celular

Alerta no sinal vermelho tanto desespero

Com vírus solto pelo ar

Mas para espantar o medo não tem segredo

É só purificar

Vem cantar, sambar, sorrir!

Sem medo de quem possa criticar

Globo de Ouro é meu tesouro

Minha paixão é meu prazer

Vem perguntar na passarela:

“Você tem medo de quê?”

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