Neste ano, as comemorações da Páscoa Judaica se iniciam nesta quarta-feira, 5, terminando na próxima quinta-feira, 13. A festa de Pessach é celebrada durante oito dias no início da primavera em Israel.
No domingo, 9, cristãos e judeus comemoram — cada um à sua maneira — a celebração da Páscoa. Para os judeus, a festa é chamada pelo seu nome original: Pessach. De origem hebraica, também significa “passagem”, mas da escravidão do povo israelita no Egito para a libertação na Terra Prometida, através do Mar Vermelho", sintetizou o rabino Michel Schlesinger, da Confederação Israelita do Brasil (Conib).
Enquanto a Páscoa para os cristãos está centrada na figura de Jesus, a Pessach evoca a memória de Moisés. Foi ele que, segundo o Livro do Êxodo, recebeu de Deus a missão de libertar os hebreus da opressão do faraó e, pelos próximos 40 anos, guiá-los até a Terra Prometida.
Os judeus não se alimentam nesta época de itens preparados à base de fermento. Uma iguaria que não falta à mesa é o pão ázimo, feito só de trigo e água, sem fermento, conhecida como Matzá. Com isso, acontece a Busca do Chametz, uma vistoria pela casa é realizada para retirar migalhas e qualquer produto que tenha em sua composição alguns dos cinco cereais: trigo, cevada, centeio, aveia e trigo sarraceno.
Além disso, estão presentes a água salgada, que simboliza as lágrimas e o suor derramado pelos judeus durante a escravidão, e o Beitzá, o ovo cozido que simboliza a esperança pela recuperação do Templo de Salomão. Simboliza também o luto pela destruição do templo.
A Páscoa Judaica é inaugurada com o Sêder, isto é, um jantar no qual as famílias judaicas reúnem-se para relembrar e celebrar a libertação do povo hebreu. O jantar é realizado dentro de uma estrutura litúrgica que inclui: a leitura do Hagadá, um livro que contém a história de libertação dos hebreus; e o consumo dos alimentos, cada qual com sua ordem específica.
Outro ritual tradicional para os judeus é o Jejum dos Primogênitos. Na véspera do Pessach, todos os primogênitos devem jejuar como forma de agradecimento por seus antepassados terem tido suas vidas poupadas quando ocorreu a praga que levou os primogênitos egípcios. (Com informações da BBC News Brasil e Brasil Escola)
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