Parcerias friburguenses permitem distribuição de máscaras

Projeto Face Shield já doou 660 itens de proteção fácil, enquanto iniciativa Unindo Nova Friburgo doa pano para confecção
sexta-feira, 03 de abril de 2020
por Fernando Moreira (fernando@avozdaserra.com.br)
A confecção de máscaras com sobras de tecidos das confecções (Fotos: Henrique Pinheiro)
A confecção de máscaras com sobras de tecidos das confecções (Fotos: Henrique Pinheiro)

A parceria entre universidades e empresas friburguenses que resultou no projeto colaborativo FaceShield Nova Friburgo, sem fins lucrativos, começou a render os primeiros e bons frutos na última quinta-feira, 2, com a doação de 660 máscaras de proteção facial. Os equipamentos foram distribuídos entre a Secretaria Municipal de Saúde, hospitais Unimed e São Lucas, 6º Grupamento do Corpo de Bombeiros e Conselho Regional de Odontologia (CRO-RJ).

A iniciativa já havia sido divulgada por A VOZ DA SERRA na edição do último dia 30. Idealizadas e produzidas em parceria pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal Fluminense (UFF), Senai e as empresas Stam, Persona 3D, Hak e Suspiro Íntimo, as peças doadas nessa primeira leva de produção ficaram divididas assim: cem para o Hospital São Lucas, 200 para o CRO-RJ, 150 para o Hospital Unimed, 60 para o Corpo de Bombeiros e 150 para a Secretaria Municipal de Saúde (Hospital Municipal Raul Sertã).

O produto é composto de três itens: a viseira, o visor e um elástico posterior. A fabricação da peça é realizada em apenas 15 segundos, possibilitando a produção de até três mil máscaras por dia.

Outra iniciativa

O projeto Unindo Nova Friburgo também tem o intuito de doar máscaras, no entanto, funciona de maneira um pouco diferente. A iniciativa também já foi tema de reportagem em A VOZ DA SERRA. Capitaneada pelo empresário friburguense André Montechiari, do ramo de tecidos, o projeto oferece gratuitamente tecidos e elásticos à confecções e facções da cidade para que sejam produzidas e doadas , já que o item se encontra em falta em todo o país.

“O projeto Unindo Nova Friburgo entende a importância de usarmos máscaras no dia a dia. Saiu de casa para ir ao mercado, ao banco, vai estar perto de alguém? Coloque máscaras. Assim eu te protejo e você me protege”, disse, em vídeo, o empresário André Montechiari, que também convidou as pessoas que possuem máquinas de costura em casa a retirarem, neste sábado, 4, a partir das 9h, na sede da Cruz Vermelha (Praça Getúlio Vargas, 92), um kit contendo o material necessário para confeccionar as máscaras de tecido que funcionam como uma barreira física para conter a propagação dos vírus. 

O projeto pretende ainda distribuir pequenos pedaços de tecidos e elásticos - com as instruções e o molde - para que as pessoas possam fazer em casa a própria máscara. Associações de bairros estão convidadas a entrarem em contato para coletar e distribuir esse material às comunidades, através do telefone: (22) 99879-8062.

Uso de máscaras já é recomendado

A comunidade científica mundial está começando a rever a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de recomendar o uso de máscaras apenas por pessoas que estejam tossindo ou espirrando ou por quem esteja cuidando de alguém com suspeita do novo coronavírus, como os profissionais de saúde.

Na última quarta-feira, 1º, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que vai divulgar na internet um manual para a produção de máscaras de pano reutilizáveis.  O conselho é: faça sua própria máscara e deixe as feitas pela indústria para os profissionais de saúde. 

Embora ainda não exista um consenso na área médica, nem estudos que comprovem a eficácia das máscaras caseiras, como as produzidas com tecido, os especialistas orientam que, no contexto de uma pandemia como a que atravessamos, elas podem ser úteis para oferecer alguma proteção, desde que associadas à higienização das mãos. No caso das máscaras de pano, a recomendação é que o item seja lavado toda vez que ficar molhado por um espirro, por exemplo.

Nota da Sociedade Brasileira de Infectologia

A Sociedade Brasileira de Infectologia  se manifestou através de nota, na qual diz que devem usar máscaras cirúrgicas os pacientes com sintomas respiratórios (tosse, espirros e dificuldade para respirar), os profissionais de saúde e os de apoio que prestarem assistência ao paciente suspeito ou confirmado com coronavírus. Com a escassez dos equipamentos de proteção individual (EPI) em face da pandemia, avalia-se o uso das máscaras de pano. Porém, em serviços de saúde, elas não devem ser usadas sob qualquer circunstância, de acordo com o mesmo documento citado anteriormente. 

"A máscara de pano pode diminuir a disseminação do vírus por pessoas assintomáticas ou pré-sintomáticas que podem estar transmitindo o vírus sem saberem, porém não protege o indivíduo que a está utilizando, já que não possui capacidade de filtragem. O uso da máscara de tecido deve ser individual, não devendo ser compartilhado", afirma a nota, assinada pelos médicos Leonardo Weissmann, Clóvis Arns da Cunha,  Alberto Chebabo, Lessandra Michelin, Antonio Carlos de Albuquerque Bandeira, Priscila Rosalba Domingos de Oliveira, Marcos Antonio Cyrillo, Christiane Reis Kobal, Estevão Urbano Silva e Sérgio Cimerman.

 

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