Padrasto condenado a 17 anos de prisão por estuprar enteada menor

Decisão ainda cabe recurso e juiz faz alerta para o aumento de casos de violência durante a pandemia
terça-feira, 04 de maio de 2021
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

O juiz Marcelo Villas, do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, de Nova Friburgo, condenou um homem acusado pelo crime de estupro de vulnerável. A vítima foi a própria enteada, uma adolescente de 14 anos. O acusado e a vítima, segundo a Justiça, conviviam há alguns anos.

Segundo informou a Justiça, o padrasto teria abusado sexualmente da menina enquanto a mãe dela se ausentava de casa para dar assistência a seu pai (avô da vítima) em procedimentos médicos no município vizinho de Bom Jardim. Ainda segundo a Justiça, após o abuso, o acusado teria feito ameaças de morte, caso a adolescente contasse o ocorrido.

Durante o processo, as investigações da Justiça revelaram que o padrasto possuía um histórico turbulento por ter assassinado o pai biológico da menina. No entanto, o crime de homicídio teria acontecido em legítima defesa em prol da mãe da adolescente e, posteriormente, o acusado teria assumido a paternidade afetiva da adolescente.

Segundo consta nos autos da investigação, a mãe, ao retornar para casa, após o falecimento de seu pai, teria notado a mudança de comportamento da filha, que estava triste e chorava muito. Apesar disso, a mulher teria atribuído ao comportamento da menina, à situação de falecimento do avô.

Ainda de acordo com a Justiça, a vítima estava amedrontada pela violência sofrida e pela continuidade do contato com o réu dentro de casa, até conseguir reunir coragem e contar para a mãe o ocorrido. Na sentença, que ainda cabe recurso, é explicitada a condenação do acusado a 16 anos e seis meses de reclusão pelo crime de estupro e mais sete meses pelo crime de ameaça a menor.

O juiz Marcelo Villas ressaltou ainda de acordo com sua percepção, o aumento do número de casos de violência doméstica e violência sexual no período da pandemia, em Nova Friburgo. “Muitas das vezes estes crimes se sustentam na relação de confiança e intimidade dentro de casa, dificultando as denúncias pelas vítimas, especialmente, quando menores”, afirmou o jurista.   

 

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 78 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: