Os Sete Mares do Mundo

“Descobridor dos sete mares. Navegar eu quero …” Não só Tim Maia, mas muitos já quiseram navegar os sete mares. Mas, afinal, eles existem?
sexta-feira, 02 de junho de 2023
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

Apesar de não ter sido Tim Maia o verdadeiro “descobridor dos sete mares”, podemos destacar que ele foi um dos responsáveis por popularizar essa expressão. Até porque, após o lançamento de sua famosa música, em 1983, muitas pessoas se interessaram em conhecer a história desses misteriosos mares.

Também vale destacar que essa expressão se popularizou ainda mais devido ao misticismo por trás do número sete. Algumas questões — entre teorias filosóficas, verdades e crendices —, contêm o número 7, como as cores do arco-íris, as maravilhas do mundo, os pecados capitais, os dias da semana, os chakras, entre outros. Resumindo, o 7 sempre foi um número simbólico. 

Mas, afinal, esses 7 mares existem mesmo? Ou são só criações poéticas e/ou filosóficas? Que mares são esses? Bom, depende da época e do povo, porque a expressão aparece em várias literaturas, referindo-se a diferentes mares. 

A Organização Hidrográfica Internacional lista mais de 70 corpos d’água que são considerados mares. Então, quais são esses sete, tão especiais? Depende de quem usa a expressão. Falar em “sete mares” foi um clichê na literatura de vários povos, em épocas diferentes. E tal número sempre teve ares épicos ou cabalísticos.

Na Mesopotâmia, por exemplo, dois mil anos antes de Cristo, já havia uma associação poética e espiritual entre os sete corpos celestes visíveis a olho nu (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Saturno e Júpiter) e o oceano. Não só o oceano: até hoje, em muitas línguas, os nomes dos dias da semana correspondem cada um a um planeta. Em inglês, “Monday” vem de “Moon” e “Sunday” de “Sun”. Em espanhol, “Viernes” e “Jueves” se referem a Vênus e Júpiter. 

Voltando aos mares: para os árabes do ano 900, os tais sete eram os mares que eles precisavam percorrer para fazer comércio com o sudeste asiático. Na sequência: Golfo Pérsico, Mar da Arábia, Baía de Bengala, Estreito de Malaca, Estreito de Singapura, Golfo da Tailândia e Mar do Sul da China. Tais corpos d’água obviamente tinham outros nomes no árabe da época.

Para os europeus da Idade Média, os mares eram o Meditarrâneo, o Adriático, o Negro, o Vermelho, o Cáspio, o Golfo Pérsico e o Mar da Arábia. Cada um com os mares que interessam.

Já os fenícios, contemporâneos de Roma, subdividiam o Mediterrâneo em sete mares: Tirreno, Jônico, Adriático, Egeu, de Alborão, das Baleares e da Ligúria. 

Uma luz azul me guia

Com a firmeza e os lampejos do farol

E os recifes lá de cima

Me avisam dos perigos de chegar”

(Tim Maia)

(Fonte: super.abril.com.br)

 

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