Jhennifer vibra com melhor marca pessoal e mantém otimismo por Olimpíada

Jhennifer foi a grande destaque ao quebrar o recorde brasileiros dos 100m peito, com um tempo de 1:07.35
quinta-feira, 29 de abril de 2021
por Vinicius Gastin
Nadadora friburguense viveu misto de emoções nos últimos dias
Nadadora friburguense viveu misto de emoções nos últimos dias

Ela deu um show na piscina do Parque Maria Lenk. Bateu recorde, alcançou a melhor marca da carreira e passou perto de carimbar o passaporte para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Ainda com o sonho de participar do maior evento esportivo vivo, Jhennifer Alves está celebrando o momento e mais uma barreira de tempo quebrada. Otimista por uma vaga no time brasileiro, a nadadora friburguense não esconde o misto de emoções por tudo o que foi vivido nos últimos dias.

“Ainda estou tentando absorver tudo que aconteceu nesta última semana, foi um mix de emoções. Saio da minha segunda seletiva olímpica com minha melhor marca pessoal, recorde brasileiro e com a barreira do 1’06’’ quebrada. Finalmente saiu o que já estava aqui dentro há muito tempo. Só tenho a agradecer a Deus e a todos os envolvidos nesses resultados. Agora é descansar alguns dias e voltar para os treinos com mais garra, foco e determinação. Com certeza estarei também ansiosa aguardando o resultado da repescagem dos revezamentos. O sonho ainda está vivíssimo”, resumiu em postagem numa de suas redes sociais.

No segundo dia de eliminatórias da Seletiva Olímpica de Natação do Brasil, Jhennifer foi a grande destaque ao quebrar o recorde brasileiros dos 100m peito, com um tempo de 1:07.35. Jhenny dominou a prova de ponta a ponta fazendo parciais de 31.44 e 35.91. Na segunda, entretanto, a nadadora marcou 1'08"08, um segundo a mais do que o índice olímpico, que é 1’07”07.

Ao todo, o Brasil soma 18 garantidos na natação na Olimpíada japonesa. Alguns atletas ainda terão a chance de fazer uma tomada de tempo em junho para tentar obter índices. O Brasil também pode aumentar seu número de classificados com os revezamentos femininos, que precisam esperar a definição dos rankings mundiais. É onde Jhennifer se encaixa.

Ao todo são sete revezamentos olímpicos, três classificados (4×100 livre, 4×200 livre, 4×100 medley todos masculinos) e quatro na busca das vagas (4×100 livre, 4×200 livre, 4×100 medley todos femininos e o 4×100 medley misto). Para os revezamentos não classificados, a primeira condição é estar entre os quatro melhores tempos da repescagem das competições entre 2019 até 31 de maio de 2021.

Os três revezamentos femininos já estão definidos, e no 4×100 medley, Jhennifer Alves compõe o time ao lado de Etiene Medeiros, Giovanna Diamante e Larissa Oliveira. O processo de classificação é de “replay only”, ou seja, nadadores sem índices A que vão aos Jogos Olímpicos é atrelado ao número de revezamentos classificados. Neste momento os três revezamentos masculinos estão classificados, ou seja, há seis vagas, sendo quatro utilizadas.

Com duas vagas sobrando, soma-se os revezamentos femininos e misto, e então há seis vagas adicionais, somando nove vagas a serem distribuídas: 4×100 livre feminino; quatro vagas; 4×200 livre feminino, três (Larissa já pega a vaga do 4×100) e 4×100 medley feminino, duas  vagas (Etiene e Larissa já tem as vagas dos outros revezamentos). As vagas das outras provas ficariam com o 4×100 medley misto. Assim, na combinação dos resultados, para o Brasil ter todos os sete revezamentos na Olimpíada todas as equipes precisam estar no Top 4 da repescagem.

Jogos sem público

O Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio admitiu a possibilidade de realizar o evento sem público. A presença de torcedores residentes no exterior já havia sido descartada, e a decisão sobre a presença de japoneses e residentes no país foi adiada para junho na expectativa de que a pandemia de Covid-19 regrida até lá.

“Estamos preparados para realizar os Jogos sem espectadores”, disse a presidente do órgão, Seiko Hashimoto, de acordo com a agência de notícias Reuters.

A organização, no entanto, fará todo o esforço necessário para que haja um mínimo de público. Além de tentar manter em parte a atmosfera de uma competição do porte das Olimpíadas e das Paralimpíadas, o aspecto financeiro fala alto, uma vez que a venda de ingressos é parte importante da receita do evento.

Tanto o Comitê quanto o governo japonês seguem frisando que a segurança dos atletas e do povo japonês são prioridade, e medidas mais rígidas de controle foram anunciadas nesta quarta-feira. Atletas e comitivas que viajarão em Tóquio farão dois testes antes da viagem e terão controles até diários uma vez no Japão. Todos serão proibidos de usar o transporte público para não entrarem em contato com a população.

O Japão não exigirá que os visitantes sejam vacinados contra a Covid, mas há uma recomendação do Comitê Olímpico Internacional incentivando todos que puderem a se imunizarem. Tóquio e outras regiões encontram-se em estado de emergência, com restrições de circulação. A medida fica em vigor até 11 de maio.

 

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