Na linha de frente do combate, médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas, assistente sociais, farmacêuticos, atendentes, encarregados da limpeza e demais funcionários de hospitais e centros recém montados para atender a população, lutam diariamente e incessantemente contra a pandemia do novo coronavírus.
Os aplausos chegam de todos os cantos do país e também por vídeos nas redes sociais, os agradecimentos se multiplicam. Durante plantões, emergências e crises, eles colocam em prática o conhecimento para salvar vidas, o cuidado contra o sofrimento, a técnica a serviço da informação e o trabalho para impedir o avanço de um inimigo invisível.
No último domingo, 26, completaram-se dois meses do primeiro diagnóstico de coronavírus no Brasil. De acordo com relato disponibilizado no site oficial do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), na última segunda-feira, 27, já foram registrados, até o momento, 49 óbitos de profissionais de enfermagem associados à Covid-19. Segundo o presidente do Conselho, Manoel Neri, a maior preocupação da classe é garantir a segurança do profissional e da população.
Com os hospitais pressionados pelo aumento no número de casos, crescem também as baixas entre os profissionais de saúde que estão em combate contra a pandemia. Milhares já foram afastados porque foram contaminados ou estão sem condições psicológicas de trabalhar.
O que aprendemos vai além das descobertas científicas. Em tempos de pandemia, o ponto ressaltado constantemente pelos médicos e demais profissionais da saúde foi a solidariedade desenvolvida no país. A produção e doação de máscaras caseiras em diversos estados e municípios, o auxílio oferecido aos vizinhos que são do grupo de risco e o acolhimento de idosos em situação de vulnerabilidade tem sido visto nos últimos dois meses.
No último dia 12 de abril, Domingo de Páscoa, em homenagem aos milhares de profissionais na luta, o Cristo Redentor se vestiu de jaleco e mostrou imagens de médicos. A Associação Médica Brasileira (AMB), agradeceu a campanha em seu site oficial e reforçou a importância de médicos e demais profissionais de saúde no combate ao novo coronavírus, que atuam bravamente em prol da população brasileira.
Campanha para o isolamento social
Um caso que ganhou muita visibilidade online foi o da técnica de enfermagem Adelita Ribeiro, de 38 anos. Antes de ser acometida pela Covid-19, ela chegou a participar de uma campanha que pede o isolamento social. No dia 20 de março a técnica atualizou sua foto no Facebook e colocou uma moldura com a hashtag #FiqueEmCasa.
Adelita também tirou uma foto com colegas de trabalho na qual cada pessoa segurava uma placa com uma palavra que, juntas, formavam a frase: "Estamos aqui por você, fique em casa por nós". A foto viralizou nas redes sociais, causando muita comoção entre os brasileiros. Responsável por coletar exames laboratoriais em cinco unidades públicas de saúde em Goiânia, Adelita, foi contaminada pelo coronavírus e morreu no dia 4 de abril.
Em 2020, o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho irá homenagear aqueles que estão na linha de frente contra a pandemia. Celebrado na última terça-feira, 28, o dia também marca a luta por justiça e a defesa da saúde e direitos da classe trabalhadora, em todo o mundo.
Os protagonistas, este ano, serão todos os trabalhadores que estão, literalmente, dando suas vidas no combate contra a Covid-19. Entre os profissionais considerados essenciais, são os do setor da saúde que têm pago o mais alto preço. A eles nossa eterna gratidão e admiração.
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