Os funcionários da Caixa Econômica Federal podem entrar em greve nos próximos dias. Diante de uma possível paralisação dos serviços nas agências, além da redução do horário de atendimento estabelecido na semana passada, beneficiários temem pela demora nos saques do FGTS e do auxílio emergencial que estão sendo pagos pelo Governo Federal. Desde que os pagamentos começaram a ser feitos, ainda há trabalhadores que encontram dificuldades para receber as parcelas de R$ 600. Nesta quinta-feira, 27, está prevista uma assembleia de bancários da Caixa para decidir ou não pela paralisação. A Caixa não se pronunciou sobre a possível greve.
Na semana passada, o banco decidiu reduzir o horário de funcionamento. Desde então, as agências abrem das 8h às 13h. Embora, tenha sido estabelecida a redução no horário de expediente, os trabalhadores ainda podem ser vistos em longas filas em frente às agências da instituição bancária.
Cortes de direitos
Os bancários da Caixa cogitam greve, pois afirmam que o Governo Federal quer acabar com os direitos da categoria. Segundo eles, um dos principais ataques é a tentativa de inviabilizar o plano de saúde, com alterações no modelo de custeio que encarecem o custo para todos os seus usuários.
Além disso, a categoria questiona reajuste zero, impondo uma perda de 2,65% nos salários, redução em até 48% a PLR, retirada da 13ª cesta alimentação, redução de 55% para 50% a gratificação de função e alteração nos direitos dos bancários que sofreram acidente de trabalho.
“A responsabilidade da greve dos empregados da Caixa e dos demais bancários é do governo e dos bancos que estão alinhados para rebaixar os nossos direitos”, diz o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemot.
O Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo e região também realiza uma assembleia nesta quinta-feira, 27, às 19h30, em seu auditório, para apresentar à categoria a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os bancários estão em campanha salarial.
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