Conforme noticiado por A VOZ DA SERRA na edição de quinta-feira, 5, o número de casos confirmados de sarampo estagnou em Nova Friburgo na última semana, segundo o último boletim emitido pela Secretaria Municipal de Saúde, através da Subsecretaria de Vigilância em Saúde. A cidade continua com os mesmos 11 casos confirmados da doença, além de outros 69 suspeitos e 56 em investigação laboratorial. Outros dois casos já foram descartados para a presença da doença. Os números foram apurados de 1º de janeiro à 3 de março.
No entanto, isso não é motivo para deixar de se preocupar com a doença e, muito menos, para deixar de se vacinar. Por isso, será realizado neste sábado, 7, mais um Dia D de vacinação contra o sarampo, o terceiro neste ano. A vacina será oferecida em quatro unidades de saúde, das 9h às 16h. São elas: Policlínica Sylvio Henrique Braune, no Suspiro; postos de saúde Tunney Kassuga, em Olaria, e Waldir Costa, no distrito de Conselheiro Paulino; e Unidade Básica de Saúde José Copertino Nogueira, em São Geraldo. O público-alvo vai desde bebês de 6 meses até adultos de 59 anos. Após essa data as doses continuarão sendo oferecidas no calendário da vacinação de rotina.
Os bairros com maior incidência de sarampo são Varginha e Centro, com dois casos confirmados em cada. Nos outros sete bairros onde há registro da doença, há apenas um caso confirmado em cada: Olaria, São Geraldo, Jardim Ouro Preto, Catarcione, Cascatinha, Cordoeira e no distrito de Conselheiro Paulino. As vítimas têm entre 10 e 19 anos (um caso); 20 a 29 anos (5); 30 a 39 anos (4); e 40 a 49 anos (1). Dessas, sete são do sexo masculino e quatro do sexo feminino.
A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo vai até o próximo dia 13 e prevê imunizar três milhões de crianças e jovens em todo o Brasil, já que as crianças são mais suscetíveis às complicações da doença. Por isso, desde agosto de 2019, o Ministério da Saúde passou a adotar, como medida preventiva, a chamada ‘dose zero’. Assim, todas as crianças de seis meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas contra o sarampo. Basta que os responsáveis procurem os postos de saúde durante todo o ano.
Esta dose não é considerada válida para fins do Calendário Nacional de Vacinação, devendo ser agendada, a partir dos 12 meses (1ª dose), a vacina tríplice viral; e aos 15 meses (2ª dose) a vacina tetra viral ou tríplice viral mais varicela, respeitando o intervalo de 30 dias entre as doses.
De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na última quarta-feira, 4, neste ano foram confirmados 338 casos de sarampo em oito estados, sendo 93 no Estado do Rio de Janeiro, o segundo com maior incidência da doença, perdendo apenas para São Paulo, com 136 casos confirmados.
Uma morte no estado
No último dia 14 a Secretaria estadual de Saúde confirmou a primeira morte por sarampo no Estado do Rio de Janeiro desde o ano 2000. A vítima foi um bebê de 8 meses que morreu no dia 6 de janeiro, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, região que registra o maior número de casos da doença no Estado até o momento. O bebê ainda não tinha sido vacinado.
A doença
O sarampo é uma doença altamente contagiosa que pode evoluir para complicações e levar à morte. Ela pode ser evitada com a vacina tríplice viral, que protege também contra a rubéola e a caxumba. É aplicada aos 12 meses, com reforço aos 15 meses com a tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Até os 29 anos, a recomendação é tomar duas doses do imunizante. Entre 30 e 59 anos, a pessoa deve ser vacinada uma vez.
Para quem não sabe se já tomou o número adequado de doses, a orientação é se imunizar agora. Os sintomas do sarampo são mal-estar geral, febre, manchas vermelhas que aparecem no rosto e vão descendo por todo o corpo, tosse, coriza e conjuntivite.
Como se proteger
A única maneira de evitar o sarampo é por meio da vacinação. As doses já fazem parte do calendário do Ministério da Saúde há muitos anos. A vacina Tríplice Viral protege não só contra o sarampo, mas também contra caxumba e rubéola e está disponível a qualquer época do ano nos postos públicos de saúde dos municípios.
Contraindicações
Pessoas com suspeita de sarampo, imunocomprometidas, gestantes e crianças com menos de seis meses não devem receber a vacina. Alérgicos à proteínas do leite de vaca devem informar a condição ao profissional de saúde no posto de vacinação para que recebam a dose feita sem esse componente.
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