O Friburguense ainda convive com as incertezas provocadas pela pandemia. Como A VOZ DA SERRA mostrou em edições recentes, o Tricolor da Serra não possui perspectivas de novas competições, após o cancelamento da Copa Rio, que o clube disputaria no segundo semestre deste ano. Com a incerteza sobre o retorno dos campeonatos, o Estadual da primeira divisão também continua indefinido.
No entanto, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) já começa a desenhar um cenário mais concreto, que irá impactar no futuro do Frizão. A Série B1 do Campeonato Carioca teve a data de início definida para o dia 15 de agosto. Anteriormente à pandemia, a previsão de disputa era de maio a setembro.
A Ferj sorteou, durante arbitral realizado por videoconferência, na última semana, os grupos da competição. Ainda de acordo com a entidade, o sorteio da tabela cumpriu todas as normas legais, e o início da competição ainda vai depender da permissão dos órgãos governamentais.
O diretor Marcelo Vianna, responsável pelos campeonatos da Federação de Futebol do Rio, comandou o processo com a presença virtual de 16 dos 17 clubes participantes. A exceção é o que será rebaixado da Série A. Essa última – e indesejada – vaga ficará com América ou Nova Iguaçu, uma vez que o Americano já garantiu a permanência na Seletiva do ano que vem, juntamente com o Friburguense. O time laranja está mais ameaçado, e dificilmente conseguirá escapar.
Segundo determinado, o grupo A da Série B1 de 2020 terá Duque de Caxias, Olaria, Audax, Serra Macaense, Nova Cidade, Serrano, Gonçalense, Maricá e Rio São Paulo. Já a chave B será composta por Goytacaz, Sampaio Corrêa, Campos, Bonsucesso, Angra dos Reis, Artsul, São Gonçalo e o clube rebaixado da primeira divisão. A primeira rodada da competição também já foi sorteada. A fórmula de dois turnos, Taças Santos Dumont e Corcovado, também foi mantida.
De todos esses clubes, pelo menos dois deverão enfrentar o Friburguense na Seletiva do ano que vem, caso não existam modificações no regulamento. Também é difícil prever o início desta fase do Campeonato Carioca de 2021, uma vez que as disputas nacionais e internacionais devem avançar o mês de dezembro e, possivelmente, janeiro.
Para 2021 será criada a Série A2, a ser disputada por 12 associações, sendo as cinco de pior classificação na fase preliminar do Campeonato Estadual da Série A 2020/2021, a pior classificada na fase principal do Campeonato Estadual da Série A e seis clubes melhores classificados no Campeonato Estadual da Série B1 deste ano, que não tiverem se qualificado para a fase preliminar do Estadual da próxima temporada.
1ª rodada – Série B1 2020
- Duque de Caxias x Rio São Paulo
- Olaria x Maricá
- Audax x Gonçalense
- Serra Macaense x Serrano
- Goytacaz x São Gonçalo EC
- Sampaio Corrêa x Artsul
- Campos x Angra dos Reis
- Bonsucesso x descenso da Série A
- Folga: Nova Cidade
Volta das torcidas
O Instituto de Pesquisa de Inteligência Esporte, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em conjunto com o coordenador da comissão de integridade da Federação Paulista de Futebol (FPF), o advogado Paulo Schimitt, idealizou um documento com recomendações e orientações gerais para o esporte brasileiro durante o período da Covid-19.
Dentre os diversos apontamentos, o estudo aponta cenários a serem seguidos para a retomada das atividades esportivas no país. Baseado em relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), institutos americanos e australianos, os pesquisadores da UFPR acreditam que jogos com torcida no país só poderão ser realizados quando houver uma vacina e que ainda não é o momento para os clubes retomarem as atividades nos centros de treinamento.
O retorno da torcida é colocado com o cenário 4, onde o cenário 1 é o atual, com apenas liberação para atividades esportivas individuais e nenhum tipo de exercício ou prática esportiva coletiva. A previsão para que exista uma vacina para o Covid-19 e ela possa ser distribuída em massa é para 2021.
O documento foi encaminhado na terça-feira, 12, para a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento, que está dentro do Ministério da Cidadania e tem como principal objetivo servir de fundamentação para diversos cenários dentro da pandemia. Ele aponta, por exemplo, que o país está no cenário 1, e indica que só pode ser alterado para o cenário 2, com treinos presenciais, quando os casos de contaminação começarem a diminuir.
De acordo com as pesquisas científicas feitas pelo instituto é difícil ainda fazer uma previsão para o retorno das atividades. Mas em uma visão mais otimista, só haverá bola rolando no Brasil, segundo o estudo, somente depois de agosto.
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