A mostra é inspirada em uma ação realizada na Usina Cultural Energisa em 2016. A convite da coordenadora do espaço na época, Elizabeth Maldonado, Alessandro Melo Rifan (arquiteto e tecnólogo em Gestão Ambiental), criou oficinas participativas, Mapa Falado — Cartografia Social, sobre a sociobiodiversidade, o que culminou em uma feira promovida por um período de três anos, de forma itinerante em espaços públicos e privados na cidade de Nova Friburgo/RJ.
Em 2021, Alessandro Rifan e a jornalista e produtora cultural, Scheila Santiago, buscaram meios de produzir não só uma feira, mas uma Mostra da Socioagrobiodiversidade, com o objetivo de oferecer ao público a exibição, a sociabilização e a documentação de conhecimentos e produções construídas a partir da inter-relação entre a diversidade biológica e a diversidade de sistemas socioculturais variados da cadeia socioprodutiva em questão.
No ano passado, o projeto foi inscrito e aprovado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da Energisa e da Secretaria de Economia Criativa do Estado do Rio, o que viabiliza a realização de seis edições temáticas da mostra, a cada segundo sábado do mês, a partir do próximo sábado, 11, até julho, na Usina Cultural.
De acordo com a organização, o tema desta 1ª edição será “Agroecologia e Orgânicos”: a Roda de Conversa receberá Guilherme Erthal, proprietário da Fazenda Agroflorestal Monte Cristo (Trajano de Moraes); Maycon Miller, dos Orgânicos Miller (Três Picos/NF); e Tomé Lima, da Tal Permacultura (Teresópolis), que compartilharão suas experiências com a produção agrícola de base sustentável, que os envolvem na confecção de produtos in natura e processados; a questão de processos de certificação participativa; entre outros fatores importantes.
Segundo o consultor da mostra, Alessandro Rifan, “é importante a apresentação desses agentes na questão da diversificação e no desenvolvimento de novas dinâmicas agrosocioprodutivas impulsionadas por dinâmicas específicas. Podemos considerá-los agentes do protagonismo que se conectam com o ambiente agroecosistêmicos, gerando inteirações experimentais, iniciativas socioambientais, e culturais significativas, no que se refere aos valores relacionados a socioagrobiodiversidade”, esclareceu.
O evento, com entrada franca, terá também Feira Biocultural, apresentação de Expressão Cultural, Ação de Extensão, Exposição Fotográfica e Oficina Socioeducativa. “O projeto deseja envolver cerca de 500 pessoas por edição temática, e contar com um público estimado de pelo menos três mil participantes.
De acordo com os organizadores Scheila e Alessandro, “os agentes participantes da mostra têm formações bem variadas com diferentes perfis sociais e profissionais: produtores culturais, empreendedores, agricultores de base agroecológica e orgânica, educadores, estudantes, pesquisadores, artistas, artesãos, representantes de movimentos culturais e sociais, e integrantes de instituições educativas. Um evento para todos e todas”, convidam.
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