Trazido pelo militar Francisco de Melo Palheta, o café chegou ao Brasil em 1727, mais precisamente em Belém, no estado do Pará, onde foi cultivado, dando início ao Ciclo do Café e à expansão das lavouras cafeeiras no período do Brasil Império.
No início do século 19, o café representou a maior fonte de riqueza do país e o principal produto de exportação. Nos anos seguintes, o café foi levado para o Maranhão e Rio de Janeiro, onde foi cultivado na chácara do Convento dos Frades Barbadinos.
Já nas terras da Serra do Mar, chegou ao Vale do Paraíba por volta de 1820, e de São Paulo alcançou Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná. Com a abolição gradual da escravatura e a proibição do tráfico de escravos, os fazendeiros do interior e do oeste de São Paulo, mais prósperos que os da região do Vale do Paraíba, começaram a utilizar mão de obra dos imigrantes italianos. Em 1845 o Brasil produzia 45% do café mundial, o que animou a vinda de alemães, suíços, portugueses e belgas, em 1847.
A chegada dos imigrantes europeus acentuou-se a partir de 1848, com o recrudescimento de várias crises políticas e revoluções na Europa. No sistema de parceria adotado inicialmente, o colono tinha direito à metade do valor da produção dos lotes que cultivava, devendo pagar ao fazendeiro as despesas da viagem e sua instalação.
A história registra que os colonos recebiam as plantações mais improdutivas e eram enganados na hora de repartir a produção. Por esses motivos o sistema de parceria não deu certo, levando muitos colonos a abandonarem as plantações.
A partir de 1870, o governo da província de São Paulo passou a subsidiar o transporte de imigrantes europeus para o Brasil, e pouco depois recebeu o apoio do governo imperial para subvencionar a imigração. E assim, passou a predominar o trabalho assalariado.
Entre 1850 e 1889 entraram no Brasil 871.918 imigrantes, a maioria destinada às fazendas de café de São Paulo. Eram italianos, portugueses, espanhóis, russos, austríacos, romenos, poloneses, alemães e japoneses.
O cultivo do café em grandes áreas foi o responsável pela formação de diversos núcleos urbanos no país. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de café do mundo, abastecendo países como os Estados Unidos e Japão, além de diversos mercados europeus.
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