Enquanto investiga um caso suspeito de coronavírus em Minas Gerais - que, caso confirmado, tornará o Brasil o primeiro país do continente sul-americano a ser atingido pelo vírus fora da China - o Ministério da Saúde elevou nesta terça-feira, 28, a classificação de risco do Brasil para do nível 1 (alerta) para o nível 2 (perigo iminente). A mudança de patamar faz parte de um protocolo envolvendo a escala, que vai de 1 a 3 (este último, emergência em saúde pública). As informações são do G1. O nível 3 só é ativado quando são confirmados casos transmitidos em solo nacional.
Desde o início do surto de coronavírus na China, o ministério já recebeu mais de sete mil suspeitas, segundo o ministro Luiz Henrique Mandetta. Desse total, 127 exigiram verificação do órgão e apenas um se confirmou como suspeita. Um dos casos investigados e descartados ocorreu em Niterói.
O caso investigado em Minas é de uma estuante de 22 anos que esteve na China.
O ministro afirmou que o governo federal "está preparado" para detectar o vírus.
Mandetta destacou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a classificar como "elevado" o risco internacional de contaminação pelo novo coronavírus, antes considerado "moderado". Segundo o ministro, com o novo status, o Brasil amplia o monitoramento dos casos. Ele explica que antes o governo monitorava pessoas que passaram pela província de Wuhan, onde estão concentrados os casos na China.
O surto de coronavírus já provocou 106 mortes na China, onde o número de infectados passa de 4,5 mil.
Nesta terça, representantes do Ministério da Saúde vão participar de uma reunião com a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema. Mandetta disse que o Instituto Butantã participará de um "esforço internacional" para a produção de uma vacina contra o coronavírus.
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