Com o apoio das secretarias estaduais de Agricultura e de Desenvolvimento Econômico, a Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro (Ascarj) realiza este mês e em janeiro o 4º Concurso de Cafés Especiais do Estado do Rio de Janeiro. A edição do evento será online, por isso, o envio das amostras de cafés para o concurso foi realizada pelos Correios.
O objetivo do concurso é incentivar a produção de cafés especiais, cultivados e colhidos em condições excepcionais. Nova Friburgo e região é um dos polos produtores de café, inclusive, artesanais no estado do Rio. Os cafés participantes do evento serão submetidos à análise de especialistas, que usarão a metodologia de avaliação sensorial da Specialty Coffee Association (SCA). Utilizado mundialmente, o modelo permite notas mínimas a partir de 80 e máximas de 100 pontos.
A primeira etapa do concurso já aconteceu, onde os produtores realizaram o envio das amostras até a última segunda-feira, 7. O evento principal será no dia 23 de janeiro, com as premiações, leilão virtual dos dez cafés finalistas e rodada de negócios com os melhores produtos selecionados na etapa classificatória.
“Nosso estado tem potencial para ampliar sua produção de café, principalmente dessas safras especiais. A Secretaria estadual de Agricultura vem trabalhando para incentivar essa produção com os recursos do Agrofundo e também oferecendo apoio técnico desde o pequeno ao grande produtor, por meio das empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio (Pesagro). O café do nosso estado é de grande qualidade e ajuda a movimentar a agricultura fluminense”, observa o secretário estadual de Agricultura, Marcelo Queiroz.
Receita de R$ 75,8 milhões
A produção de cafés no estado do Rio reúne 2.644 cafeicultores - a maioria de pequenos produtores - e gera uma receita anual de R$ 75,8 milhões a partir dos grãos cultivados em solo fluminense. “Os produtores estão organizados no Arranjo Produtivo Local (APL) de Cafés Especiais. São dois polos: nas regiões Noroeste e Serrana. Além de ser a retomada de uma atividade tradicional na história do estado, que muito colaborou para as finanças do Brasil, a produção de cafés de qualidade está contribuindo para a diversificação da economia fluminense”, ressaltou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Nelson Furtado.
Da produção estadual, 80% está concentrada no Noroeste Fluminense, 19% na Região Serrana e 1% no Vale do Café e em outros municípios. O Rio de Janeiro produz uma média de 400 mil sacas de café por ano. Mais informações sobre o concurso, que também tem o apoio da Emater-Rio, podem ser obtidas na página www.ascarj.com.br/concursos/.
“A previsão de colheita para este ano é de cerca de mais 400 mil sacas. O concurso destina-se a mostrar que a cafeicultura do Estado do Rio de Janeiro tem produzido cafés maravilhosos, superiores e gourmets, com destaque para os especiais”, explicou o superintendente de Marketing da Ascarj, Daniel Mac Mahon Bastos Daniel.
Deixe o seu comentário