Censo 2022: 189.937 mil habitantes em Nova Friburgo

Resultado foi divulgado nesta quarta-feira, 28, pelo IBGE
quinta-feira, 29 de junho de 2023
por Christiane Coelho (Especial para A VOZ DA SERRA)
(Foto: Arquivo AVS)
(Foto: Arquivo AVS)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira, 28, os primeiros dados do Censo 2022, referentes à população e ao número de domicílios de cada município do Brasil. Em Nova Friburgo, são 189.937 habitantes, representando um aumento de 4,33% em relação ao Censo 2010. Mas, menor que o da estimativa de 2021 do IBGE que apontava para 191.664. E menor ainda que a prévia do Censo, divulgada no final de dezembro de 2022, que calculava 204.625 moradores na cidade.

Entre os 20 municípios mais populosos do Rio 

No Estado do Rio de Janeiro, Nova Friburgo é o 16º município em número de habitantes. A pesquisa do IBGE também aponta que Nova Friburgo tem uma densidade demográfica de 203,05 habitantes por quilômetro quadrado. A média de moradores por domicílio caiu de 2,8 para 2,4 entre 2010 e 2022, indicando uma menor taxa de natalidade e o progressivo envelhecimento da população.

Conforme publicado, com exclusividade por A VOZ DA SERRA em sua edição de terça-feira, 27, o total de domicílios no município, saltou de 79.070 em 2010 para 97.206 em 2022, um aumento de mais de 18 mil unidades, equivalente a 22,93%. Desse montante, o número de domicílios ocupados também subiu de 64.062 em 2010 para 76.602 em 2022, consolidando um aumento de 19,57%.

Ao todo foram recenseadas 181.373 pessoas em Nova Friburgo, mas este não representa o número total da população, pois os recenseadores do IBGE não conseguiram realizar a entrevista em 3.706 domicílios. A fim de dar máxima precisão à contagem, o órgão cruzou diversas fontes de informação, e levou em consideração a própria Lei de Bairros, que permite, por exemplo, ter acesso à médias de moradores por domicílio em cada localidade, entre muitos outros indicadores que nortearão a elaboração de políticas públicas específicas para as carências e potencialidades de cada região ao longo da próxima década.

Para o coordenador de área do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no município, Vinicios Abreu da Silva, a maior dificuldade do trabalho nas pesquisas do Censo 2022 foi encontrar formas de conseguir recensear todas as pessoas, principalmente pela receptividade da população, que em algumas situações não foi tão amistosa. 

“Participar do censo é sempre uma experiência muito positiva. Não é um trabalho fácil, mas no final saber que os resultados apresentados podem contribuir para formulação de políticas públicas e em consequência, para melhorar a qualidade de vida da população é muito gratificante. Agradeço a todos que trabalharam direta ou indiretamente neste censo. O profissionalismo e comprometimento da equipe certamente foi determinante para que entregássemos um trabalho de excelência mais uma vez”, disse.

Os dados do Censo também revelam que no Estado do Rio de Janeiro, a população é de 16.054.524, o que representa um aumento de 0,4% quando comparado ao Censo anterior. Já a a população do Brasil é de 203.062.512, um aumento de 6,45% em relação ao Censo de 2010.

Dados por bairros - uma novidade 

Na semana passada a chefia da agência friburguense do IBGE visitou a Secretaria Municipal da Casa Civil para apresentar em primeira mão alguns resultados preliminares da operação. Mais do que um protocolo de gentilezas entre repartições de diferentes esferas de governo, a visita e o compartilhamento de informações refletem um longo processo de cooperação que teve início quando o atual secretário da Casa Civil, Pierre Moraes, ainda era vereador e esteve à frente da elaboração da lei 4.692 de 26 de junho de 2019, a qual redefiniu e oficializou as delimitações de distritos, bairros e vilas de Nova Friburgo. 

Com isso, o município será um dos primeiros no Estado do Rio a dispor dos dados levantados pelo Censo 2022 com precisão de bairro, tornando possível conhecer de maneira muito mais pormenorizada as características e necessidades de cada comunidade.

“Para Nova Friburgo é uma lei de enorme importância”, explicou Vinícios Abreu, quando da aprovação da lei. “Porque a partir dela nós teremos todos os dados do Censo em escala de bairros, oficialmente. Aquelas informações que nós tínhamos a respeito do município e dos distritos, agora teremos em relação a localidades muito menores. Desse modo será possível conhecer a população de cada bairro, não apenas no quantitativo, mas também a divisão por faixa etária, por renda. Diante das informações que serão levantadas, as justificativas para investimentos ficarão muito mais embasadas. Será muito mais fácil, por exemplo, apontar onde estruturas de Saúde precisam ser fortalecidas, por exemplo. Tudo isso ficará mais fácil de se justificar”, concluiu.

O secretário da Casa Civil, Pierre Moraes, reforça este ponto de vista. “Não há como mensurar o impacto destas informações pela prefeitura. As possibilidades de planejamento aumentam exponencialmente, e fica muito mais difícil haver qualquer rejeição por parte do Governo Federal em relação a um projeto com esse embasamento. Vale lembrar que Nova Friburgo precisou muito desses dados após a tragédia climática de 2011, e não os tinha”, ressaltou.

Pierre também enfatiza o caráter coletivo da legislação. “Aprovar esta lei de maneira autoral, a partir de um único gabinete, não faria justiça a todos que se empenharam por sua elaboração. A opção pela indicação legislativa se deu porque é preciso enaltecer, por exemplo, a equipe técnica da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. À época formou-se uma comissão interdisciplinar, e essas pessoas foram a campo e fizeram o mapeamento técnico de cada bairro no 1º e no 6º distritos (Centro e Conselheiro Paulino), que são aqueles predominantemente urbanos, e também das vilas urbanas nos distritos rurais”, concluiu. 

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