Casa no Cascatinha é alvo de buscas da Polícia Civil do Rio contra milicianos

Friburgo foi a única cidade fora da capital onde agentes vieram procurar provas de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro
quinta-feira, 28 de abril de 2022
por Jornal A Voz da Serra
As buscas nesta quinta no Rio (Reprodução TV Globo)
As buscas nesta quinta no Rio (Reprodução TV Globo)

Uma casa de veraneio no bairro de Cascatinha, com piscina e vista para a mata, pertencente a um empresário e advogado, foi vasculhada na manhã desta quinta-feira, 28, por agentes do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) da Polícia Civil do Rio. Eles vieram da capital cumprir um dos 16 mandados de busca e apreensão expedidos pela  1ª Vara Criminal Especializada da capital dentro das investigações da Operação Caixa de Areia 2. A operação, deflagrada há um ano com atuação da 1ª Promotoria Especializada de Investigação Penal, tem por objetivo chegar aos responsáveis por lavar dinheiro da exploração de imóveis pela milícia que atua na Muzema, na Zona Oeste da capital.

Entre os alvos estão pessoas já denunciadas em investigações iniciadas após os desabamentos de dois prédios na comunidade, em 2019, matando 24 pessoas. A polícia afirma que o grupo movimentou quase R$ 100 milhões somente entre 2019 e 2020.

Friburgo foi a única cidade fora do Rio onde foram cumpridos mandados nesta quinta. Os outros endereços vascullhados ficam todos na capital: Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Itanhangá, Copacabana, Tijuca,  Penha e  Freguesia. 

Não foram divulgadas maiores informações. A ação teve o apoio do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).

De acordo com as investigações, os suspeitos atuam como investidores, injetando dinheiro para que a milícia tenha capital de giro suficiente para construir prédios; ou fazendo movimentação bancária para ocultar os  lucros obtidos com a atividade criminosa.

Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), o foco da ação é obter novas provas, a partir de apreensão de documentos, escrituras de imóveis, celulares e outros aparelhos eletrônicos. A intenção é investigar o uso de "laranjas" e empresas de fachada como imobiliárias, construtoras, lojas de material de construção e açougues.

Na primeira fase da operação, em maio do ano passado, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e feito o bloqueio judicial de mais de R$ 10 milhões de contas bancárias dos envolvidos no esquema.

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TAGS: crime