Nesta quinta-feira,10 de setembro, é o Dia Mundial para Prevenção do Suicídio, data instituída para lembrar a importância de falar, esclarecer, conscientizar e estimular o diálogo a respeito do delicado tema, além de promover ações efetivas para o combate ao suicídio.
Alunos e professores do Instituto de Saúde de Nova Friburgo (ISNF), unidade de ensino superior da Universidade Federal Fluminense (UFF) no município, promovem nesta quinta, às 18h, a roda de conversa "Setembro Amarelo: sua história e importância". O evento é gratuito e ocorre, de maneira virtual, pela plataforma Google Meet.
O encontro, organizado pela Associação Acadêmica Atlética Furiosa (Atlética Furiosa) e pela Liga Acadêmica de Saúde Mental (Liasmental), tem o objetivo de debater o tema e apresentar a programação de eventos para o Setembro Amarelo, tradicionalmente dedicado à campanha de prevenção ao suicídio. Ao final, há emissão de certificados para os participantes.
A roda de conversa é aberta ao público e conta com a participação de Beatriz Almeida e Bárbara Breder, professoras da UFF especialistas em saúde mental. Os interessados devem realizar inscrições pelo link https://linktree.com.br/new/furiosauffnf.
Prefeitura vai promover atividade
A Subsecretaria de Atenção Básica e a Gerência de Saúde Mental, da Prefeitura de Nova Friburgo, vai realizar uma ação voltada para o Setembro Amarelo onde serão trabalhados vários pontos importantes para a prevenção e para o tratamento dos casos de depressão grave e de risco de suicídio. No próximo dia 26, um sábado, será realizada uma ação de saúde mental que ocorrerá no posto de saúde Sílvio Henrique Braune, no Suspiro, das 9h às 13h, com vários focos de atuação, confira:
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Serão antecipados 100 agendamentos em psiquiatria, pelo Sisreg (Sistema de Regulação para marcação de procedimentos pelo SUS), com risco vermelho e quadros de depressão grave com risco de suicídio;
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O evento contará com quatro médicos atendendo com hora marcada e com total segurança por conta da pandemia;
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Quatro psicólogas e um assistente social vão promover o primeiro acolhimento e direcionando as demandas em terapia como coadjuvante essencial no tratamento aos quadros de depressão grave e risco de suicídio;
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Também haverá a distribuição de material informativo sobre os fatores de risco e de proteção ao suicídio, alertando a população sobre a necessidade de maior atenção aos sinais e sintomas para que a prevenção aos casos de suicídio sejam efetivamente possíveis.
Ações da LBV
Para contribuir na sensibilização da temática, a Legião da Boa Vontade (LBV) está promovendo durante todo este mês, atividades de conscientização aos estudantes, pais e responsáveis em todas as suas unidades, inclusive a de Nova Friburgo, que funciona no bairro Olaria, uma vez que o aumento do suicídio entre os jovens é um fenômeno que vem causando preocupação mundial. A LBV trabalha há 70 anos pela valorização do ser humano, promovendo ações que enaltecem o amor e o respeito à vida. O assunto é abordado por meio de diversas atividades, tais como palestras, fóruns e entrevistas com especialistas, com o objetivo de conscientizar os atendidos e a população em geral.
Mesmo com a interrupção das atividades presenciais realizadas em grupo nos centros comunitários de assistência social da LBV, a instituição desenvolve atividades remotas com os atendidos e permanece com uma equipe de plantão realizando o atendimento e fornecendo todo o suporte às famílias. Os profissionais atuam diretamente na escuta e no acolhimento dos atendidos e, ao identificarem a situação de cada um, verificam qual intervenção precisa ser feita e, quando necessário, fazem o encaminhamento para serviços específicos, que incluem as demandas psicológicas e emocionais.
Cor amarela pelo mundo
Monumentos e prédios no mundo inteiro costumam ser iluminados na cor amarela no mês de setembro, num gesto de apoio à campanha Setembro Amarelo, iniciativa mundial que visa alertar e conscientizar a população a respeito do suicídio e suas formas de prevenção. No Brasil, a campanha é organizada desde 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e ganha força com a adesão de monumentos históricos, pontos turísticos, espaços públicos e privados, além do apoio da sociedade e de pessoas que participam de caminhadas e realizam ações de conscientização sobre o tema.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo, são registrados, todos os anos, aproximadamente um milhão de casos de óbitos por suicídio e, no Brasil, cerca de 12 mil. O número é bem maior por causa da subnotificação, que ainda é uma realidade. Em todo o mundo, ocorre uma morte a cada 40 segundos, e quase 100% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias químicas.
Com a pandemia do coronavírus cresceu o alerta. Em maio deste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou o “Resumo de Políticas sobre a Covid-19 e a Saúde Mental”. Os relatórios indicaram um aumento nos sintomas de depressão e ansiedade em vários países, e a ONU destacou a necessidade de aumentar urgentemente o investimento em serviços de saúde mental. Pesquisas também têm apontado que o medo de contágio pelo coronavírus, o isolamento social, a separação de pessoas queridas, o desemprego, a perda de renda ou de membros da família, entre outros fatores, corroboram para o aumento dos transtornos mentais, acarretando abalos psicológicos para muitas pessoas em todo o mundo.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
A boa saúde mental é fundamental para o bem-estar de todas as pessoas e da sociedade como um todo. Por isso, vale lembrar que o terceiro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), “Saúde e bem-estar”, visa assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, independentemente da idade. Os ODS foram estabelecidos pela ONU e fazem parte de uma agenda global adotada em 2015 por chefes de Estado e de Governo e altos representantes de países do mundo todo, os quais se comprometeram a alcançar o desenvolvimento sustentável nas suas três dimensões — econômica, social e ambiental — de forma equilibrada e integrada até 2030.
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