Câmara homenageia lideranças femininas em sessão solene nesta segunda

Agraciadas receberão a Medalha Mulher Cidadã Heloneida Studart pelo Dia Internacional da Mulher
sábado, 05 de março de 2022
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

A Câmara Municipal de Nova Friburgo realiza nesta segunda-feira, 7, uma sessão solene, de iniciativa da Comissão de Direitos Humanos, da Mulher e das Pessoas com Deficiência, composta pelas vereadoras Vanderléia Abrace Essa Ideia (presidente), Priscilla Pitta (vice-presidente) e Maiara Felício (secretária), na próxima segunda-feira, 7, às 18h, na sede do Poder Legislativo, no plenário da casa legislativa, na Rua Farinha Filho, 50. A cerimônia será alusiva ao Dia Internacional da Mulher (8 de março), ocasião em que as agraciadas receberão a medalha  Mulher Cidadã Heloneida Studart.

O evento que terá transmissão ao vivo pela TV Câmara, no YouTube, a partir das 18h, contará ainda com uma palestra motivacional e autobiográfica da autora do livro “Negra, Pobre, Gorda, Crente: os caminhos nem sempre são suaves”, Eleusa Matos. Foram convidados para a celebração o prefeito Johnny Maycon; o  vice-prefeito, Serginho; secretarias municipais; a representante da Associação da Mulher Mastectomizada (Amma), Maria Helena; a primeira superintendente mulher da concessionária Águas de Nova Friburgo, Daniele Moreira; a delegada da Deam, Mariana Thomé; a representante do 11ºBPM, cabo Graziela; representantes do Sanatório Naval, Corpo de Bombeiros e da OAB, advogada Aline Freitas.

Agraciadas com a medalha Mulher Cidadã 

Na edição deste ano, as homenageadas serão Esmeredith Mendes, Sueli Scotelaro Porto e Olga da Silva Tardem Schuenck. Esse ano também será entregue a medalha de Laura Beatriz de Oliveira e Silva Mury, presidente do Movimento Tecle Mulher, que foi agraciada em 2020, mas não pode receber a honraria na ocasião devido à pandemia da Covid-19.

Sobre Heloneida Studart 

Heloneida Studart nasceu em Fortaleza-CE, em 9 de abril de 1932. Jornalista, escritora, política, feminista e mãe de seis filhos, foi eleita deputada estadual pelo Rio de Janeiro por seis mandatos. Sua atuação política sempre foi reconhecida por iniciativas em defesa dos direitos feministas, como no período da Constituinte, em que participou do chamado "lobby do batom", para a inclusão dos direitos trabalhistas para a mulher, entre eles os 120 dias de licença-maternidade.

Formada em Ciências Sociais pela Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, atuou durante muitos anos como jornalista, dez deles na função de redatora da revista "Manchete".

Eleita em 1966 presidente do Sindicato das Entidades Culturais (Senambra), Heloneida foi destituída do cargo e presa em 1969, por fazer oposição à ditadura militar. Com o fim do regime, Heloneida Studart escreveu três novos romances, chamados pela própria autora de "Trilogia da tortura": "O pardal é um pássaro azul', "O estandarte da agonia" (inspirado na vida da amiga Zuzu Angel) e "O torturador em romaria". A escritora publicou ainda os ensaios "Mulher objeto de cama e mesa" e "Mulher, a quem pertence seu corpo", ambos sobre a condição feminina.

O primeiro mandato como deputada estadual do Rio de Janeiro foi em 1978, quando foi eleita pelo PMDB com 60 mil votos. Foi reeleita em 1982, ainda pelo PMDB. Em 1988, deixou o partido para participar da criação do PSDB, do qual se desfiliaria um ano depois, desta vez para entrar no PT.

Heloneida foi ainda vice-presidente da Comissão Parlamentar de Controle do Meio-Ambiente, de 1979 a 1980, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) de 1981 a 1982, entre outras funções. Além disso, foi fundadora do Centro da Mulher Brasileira, a primeira entidade feminista do país e o Centro Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim). Em 2005, ela estava entre as 52 mulheres brasileiras indicadas pela Fundação de Mulheres Suíças para concorrer ao prêmio Nobel da Paz.

Aos 75 anos, Heloneida Studart atuava como diretora do Centro Cultural da Alerj do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio Jornalista Roberto Marinho. Heloneida faleceu em 3 de dezembro de 2007 tendo deixado um histórico de luta pelas liberdades democráticas e através de vários livros que escreveu. (Com informações do jornal O Globo)

 

  • Vanderléia Abrace Essa Ideia (Fotos: Osvaldo Enoc)

    Vanderléia Abrace Essa Ideia (Fotos: Osvaldo Enoc)

  • Priscilla Pitta

    Priscilla Pitta

  • Maiara Felício

    Maiara Felício

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