Brasil é o 7º maior produtor mundial de cacau, fonte renda para a agricultura familiar

sexta-feira, 08 de julho de 2022
por Jornal A Voz da Serra
Foto: Pexels
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O Brasil é o 7º maior produtor mundial de cacau, fruta de onde vem o ingrediente de um dos alimentos mais apreciados ao redor do planeta: o chocolate, que comemorou o seu dia na quinta-feira, dia 7. Antes do Brasil, estão a Costa do Marfim, Gana, Equador, Camarões, Nigéria e Indonésia.

Em território nacional, os principais estados produtores são a Bahia e o Pará, que têm investido em novas práticas para aumentar a qualidade do cacau. O alimento é uma importante fonte de renda para os agricultores familiares: dos mais de 70 mil produtores, a maioria (70%) está em pequenas propriedades, segundo o Ministério da Agricultura.

Das mãos desses agricultores, saem as sementes do cacau que, nas indústrias, são misturadas a diversas outras substâncias, como açúcar, leite e gorduras, dando origem a diversos tipos de chocolates. Confira as principais diferenças entre cada um deles:

  • Chocolate branco: feito a partir da mistura da manteiga de cacau com outros ingredientes, como leite em pó e açúcar;

  • Chocolate ao leite: tem cerca de 30% de cacau em sua composição;

  • Chocolate amargo: 60% ou mais de cacau;

  • Chocolate meio amargo: cerca de 50% de cacau.

Desses, o chocolate ao leite é o que faz mais sucesso entre os brasileiros. Ele possui mais gordura e açúcar do que o amargo, mas menos do que o branco.

"É uma opção intermediária [entre o amargo e o branco]. Mas, apesar de ter uma certa concentração de cacau, um dos principais ingredientes do chocolate ao leite é o próprio leite, tanto integral como em pó", diz Neiva Souza, nutricionista e doutoranda em neurologia e neurociências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Os chocolates amargos, por sua vez, precisam ter, no mínimo, 50% de cacau em sua composição e são considerados mais saudáveis na comparação com o ao leite e branco.

"Quando falamos dos benefícios do cacau, ele precisa estar disponibilizado em maior quantidade no chocolate. Para o alimento se tornar funcional, saudável, é necessário ser composto por 70% a 90% de cacau", afirma a nutricionista Daniela Cierro Ros, da Asbran.

Ao ingerir o chocolate amargo, portanto, o consumidor tem uma maior chance de tirar proveito das propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes do cacau, que é rico em vitaminas do complexo B e minerais, como o magnésio e potássio.

Já o chocolate branco possui gordura hidrogenada extraído da manteiga de cacau. "O chocolate branco contém mais açúcar, mais leite e mais gorduras do que os demais tipos e não tem uma quantidade expressiva de cacau puro. [...] Por conta dessa composição é mais calórico e, dentre as opções, seria o menos saudável", afirma Neiva, da Unifesp.

Produção

Por ano, o Brasil produz 250 mil toneladas de cacau e a expectativa do governo é de que o país amplie em 60 mil toneladas nos próximos quatros anos, segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), do Ministério da Agricultura.

Investimentos têm sido feito para melhorar a qualidade do alimento. Na Bahia, por exemplo, tem sido implementado um sistema de produção do cacau chamado Cabruca, que é quando o fruto é cultivado debaixo das árvores da Mata Atlântica.

O Brasil, atualmente, tem uma capacidade de processar 275 mil toneladas de cacau, segundo a Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). A exportação anual chega a cerca de 50 mil toneladas de derivados para diversos países, como Argentina e Estados Unidos. (Fonte: g1.globo.com/economia/agronegocios)

 

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