BCG: vacinação agora é às sextas-feiras no posto do Suspiro

Dose deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida do bebê
terça-feira, 17 de setembro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Arquivo AVS)
(Foto: Arquivo AVS)

A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo emitiu um comunicado informando que a partir da próxima sexta-feira, 29, a aplicação da vacina BCG será disponibilizada na sala 9 do posto Sílvio Henrique Braune, no Suspiro, das 8h às 13h. A aplicação deste imunizante acontecerá nesta unidade todas as sextas-feiras, neste mesmo horário.

A Secretaria de Saúde informou também que, temporariamente, a sala de vacina do posto de saúde José Copertino Nogueira, em São Geraldo, está fechada para manutenção corretiva da câmara de armazenamento de vacinas. Todas as vacinas oferecidas nesta unidade estão sendo disponibilizadas nos demais postos de saúde do Suspiro; Waldir Costa, em Conselheiro Paulino; Tunney Kassuga, no bairro Olaria, e Ariosto Bento de Mello, no Cordoeira.

BCG: proteção contra a tuberculose 

É logo ao nascer, se possível ainda nas primeiras 12 horas de vida, que os bebês devem receber a vacina BCG. Conhecida por deixar uma marca na parte superior do braço direito, ela protege o organismo da Mycobacterium tuberculosis, a bactéria causadora da tuberculose. 

O objetivo da vacinação precoce, considerada até hoje a melhor forma de prevenir as formas graves da doença entre os pequenos, é justamente garantir que o sistema imunológico da criança, ainda imaturo, aprenda a se defender do bacilo que causa a enfermidade. Como a tuberculose é endêmica no Brasil, com alta incidência em todo o território nacional, o risco de contato com o microrganismo desde cedo é bastante alto.

De acordo com o Ministério da Saúde, desde 2020 a incidência da doença tem aumentado entre os menores de 15 anos no país. Em 2023, o público representou quase 4% dos mais de 80 mil casos registrados – sendo a maior proporção entre crianças de 0 a 10 anos.

A irregularidade da cobertura vacinal da BCG, que flutuou em mais de 30% nos últimos anos, pode ter contribuído para a construção desse cenário preocupante. Apesar de ter acusado recuperação em 2022, chegando ao índice de 90% preconizado pelo Ministério da Saúde, a média caiu para 61,4% no ano passado. Ainda segundo a segundo a pasta, a unificação dos diferentes sistemas utilizados para registrar as vacinas aplicadas pode ter impactado os números. Até junho deste ano, a cobertura do imunizante girava em torno dos 75%, 

Transmissão, sintomas e tratamento

A contaminação pela bactéria da tuberculose acontece, basicamente, pela dispersão no ambiente de partículas aerossóis, produzidas pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com a doença ativa. Calcula-se que um paciente infectado possa transmitir a doença para até 15 outros indivíduos.

Febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento são alguns dos indícios da tuberculose, mas o principal sintoma é mesmo a tosse persistente, que pode ser seca ou vir acompanhada de catarro. Caso a tosse dure por mais de três semanas, a recomendação é buscar o serviço de saúde mais próximo para que o quadro seja investigado. 

O diagnóstico se dá, principalmente, por testes laboratoriais, que são feitos de forma complementar a uma avaliação clínica detalhada, além de radiografia do tórax. Já o tratamento da tuberculose é longo: dura no mínimo seis meses e inclui o uso de quatro medicamentos diferentes. Ainda nas primeiras semanas de cuidados o paciente tende a se sentir bem melhor, mas é imprescindível seguir à risca todos os protocolos terapêuticos para garantir o sucesso do tratamento. (Com informações do Instituto Butantan)

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