Barboza mira novo desafio pelo UFC em dezembro

Em nova categoria, lutador friburguense tenta escalar rumo à disputa do cinturão
quinta-feira, 25 de novembro de 2021
por Vinicius Gastin
Barboza treina forte, pede novo desafio e afirma estar preparando “algo diferente para o próximo mês”
Barboza treina forte, pede novo desafio e afirma estar preparando “algo diferente para o próximo mês”

A derrota para Giga Chikadze já é passado para Edson Barboza. Sereno e equilibrado como de costume, o lutador de Nova Friburgo tem utilizado as redes sociais com frequência, sinalizando com a possibilidade de voltar ao octógono do UFC em breve. Com a recuperação na mira, o peso pena (até 65,7 quilos) pediu uma nova luta ao Ultimate.

Barboza compartilhou uma montagem na qual aparece cercado por fórmulas químicas, afirmando estar preparando algo diferente para dezembro. Pode ser um sinal de negociações de uma data para o novo desafio. “Mal posso esperar para a próxima guerra. Estou pronto para a próxima batalha”, escreveu o brasileiro, em sua conta no Instagram.

Em nova categoria, o friburguense acabou adiando o sonho de se aproximar de uma disputa de cinturão no embate contra Giga. No confronto, não conseguiu impor o seu ritmo e acabou sendo derrotado com um nocaute a 1m44s do terceiro round. Com o tropeço, Edson perdeu uma posição no grupo.

Agora, o combatente é o 10º da categoria liderada por Alexander Volkanovski. Nos penas desde maio de 2020, Barboza disputou quatro embates dentro da divisão. O brasileiro soma dois triunfos e dois reveses.

De fato não era um desafio dos mais simples. Se Edson Barboza é um dos maiores strickers da história do UFC, Giga Chikadze, mais recente na organização, vem mostrando que quer entrar para este mesmo hall. Forte fisicamente, técnico e bom de estratégia, o georgiano estudou as características do friburguense, impediu o encaixe do melhor jogo de Edson e, por muitas vezes, usou a especialidade do Barboza contra ele próprio.

Edson tem 35 anos e está desde 2010 no UFC. Recém ingresso na categoria dos pesos-penas, Barboza se recuperou da derrota na estreia para Dan Ige emendando duas vitórias consecutivas diante de Markwan Amirkhani e Shane Burgos. Seu cartel contém 22 vitórias e dez derrotas. Em seu último desafio, esteve pela terceira vez envolvido em uma luta principal de um evento do Ultimate.

Experiente e perigoso kickboxer, Chikadze tem 32 anos e fez a luta mais importante de sua carreira diante do friburguense. Agora, no MMA, são 14 vitórias e duas derrotas. Assim, o georgiano possui seis vitórias no UFC diante de Brandon Davis, Jamall Emmers, Irwin Rivera, Omar Morales, Jamey Simmons e Cub Swanson, as duas últimas vieram através de nocautes brutais.

Analisando a luta com Barboza, Chikadze brincou dizendo que a luta foi um duelo digno do jogo “Mortal Kombat”, e analisou que ambos os lutadores tiveram suas chances de vencer nos dois primeiros rounds, mas no terceiro ele conseguiu capitalizar melhor para sair com a vitória.

“Estar no octógono com Edson Barboza definitivamente foi como estar no Mortal Kombat. Era como se fôssemos dois ninjas, talvez Sub-Zero e Scorpion se enfrentando. Ele veio muito forte, e eu senti que estava enfrentando um dos caras mais fortes do peso-pena. E quando você vê que é Edson Barboza que está na sua frente, ouve as pessoas torcendo por ele e o nome dele sendo anunciado, mesmo se ele fosse pequeno, se tornaria grande com tudo isso. Mas eu sou um profissional, controlei as minhas emoções e aproveitei o momento. No primeiro round eu acho que causei problemas para ele em alguns momentos, mesmo com ele tomando a iniciativa do combate e eu contra-atacado. Eu tive um momento de superioridade, mas deixei passar. No segundo round foi ele quem teve a chance, e desperdiçou. No terceiro round eu tive a minha chance e novamente e capitalizei com um belo nocaute”, avaliou Chikadze.

Ainda segundo Chikadze, mesmo com Barboza tendo atacado-o com força, a estratégia traçada pelo seu treinador, o brasileiro Rafael Cordeiro, e as orientações dadas nos intervalos foram responsáveis pela sua vitória. “Eu senti alguns chutes fortes. Esse cara era conhecido, antes da nossa luta, como o melhor trocador e o dono do melhor chute, e era isso que eu esperava dele. Ele enfrentou alguns dos melhores do peso-leve, por isso, eu esperava que ele fosse muito forte. Mas fizemos o nosso trabalho”, completou.

 

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TAGS: UFC