A coluna do Massimo registra a péssima repercussão que vem ganhando nas redes sociais (e não apenas nelas) a notificação da prefeitura à banca de jornal em frente ao antigo Fórum, na Praça Getúlio Vargas, em razão da utilização de seu espaço para propagandas.
A responsável pela banca, Emilene Imbroinise, é uma dessas almas elevadas que dedicam boa parte do próprio tempo e da própria renda aos animais abandonados, que deveriam encontrar amparo tanto por parte do poder público quanto da sociedade. E o dinheiro da publicidade é utilizado justamente para esta causa, que deveria ser de todos.
Não se trata de uma versão conveniente dos fatos. O colunista conhece Emilene há muitos anos e pode assegurar a veracidade do que está dizendo.
Bom senso
A coluna evidentemente não poderia defender qualquer forma de privilégio ou precedente, mas pode sim evocar o bom senso e lembrar do longo histórico de omissão coletiva nesta frente para argumentar que maneiras alternativas de lidar com a situação deveriam prevalecer.
E que, se a situação ali está incomodando alguém, então podemos com justiça apresentar aqui uma lista enorme de problemas mais graves relacionados a urbanismo ou à Subsecretaria de Posturas, que eventualmente não recebem a mesma atenção.
Dívida impagável
Moralmente, é preciso reconhecer a existência de uma profunda e impagável dívida social para com os cuidadores (e com os animais).
No mínimo, há que haver gratidão.
Essas pessoas deveriam contar com todo o apoio da sociedade, e se em algum momento passa a haver conflito entre suas atuações e o que está escrito, então mude-se o que está escrito, ou o município assuma a responsabilidade que lhe cabe.
Inclusive porque, se a intenção é proteger nosso patrimônio arquitetônico, há muito mais que ser feito sem que inocentes sejam prejudicados por isso.
Apoio total a Emilene e aos cuidadores de animais.
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