O juiz Marcelo Alberto Chaves Villas, da 2ª Vara Criminal de Nova Friburgo, condenou a 23 anos e quatro meses de prisão o homem acusado de estuprar uma menina de 11 anos. Os crimes foram cometidos entre 2014 e 2016, na casa do acusado, que tem 40 anos e não teve o nome divulgado. A decisão ainda cabe recurso.
De acordo com o a sentença, “o denunciado, vizinho da vítima, agindo de forma livre, consciente e voluntária, mediante violência física e grave ameaça, manteve conjunção carnal e praticou atos libidinosos diversos com a menina, que, à época, contava com idade entre 10 e 11 anos. De acordo com os fatos apurados, o denunciado, que era vizinho da vítima, abordava a menor em via pública e também se aproveitava dos momentos em que o pai e os irmãos dela saíam para trabalhar e a menor ficava sozinha em casa, sendo que a mãe tinha problemas psiquiátricos e não percebia a violência sexual cometida contra a própria filha.
Por muitas vezes, ameaçando com faca, o réu exigia que a menor ingressasse em sua residência, prevalecendo-se de seu porte físico superior, da diferença de idade e do temor que a criança nutria em relação a ele, utilizando-se, muitas vezes, de óleo de cozinha e de vídeos pornográficos para os atos”.
De acordo com a 2ª Vara Criminal de Nova Friburgo, o réu já havia sido condenado pelo estupro da irmã mais velha da vítima e, na época, chegou a efetuar disparos de arma de fogo contra o pai de ambas (mas não acertou), numa discussão motivada pelos abusos. Os abusos vieram à tona somente após uma segunda tentativa de suicídio da vítima, que relatou o ocorrido aos profissionais do Programa de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, que já prestavam atendimento à menor.
Ainda segundo a 2ª Vara Criminal, a vítima disse que não contava sobre os abusos para ninguém, “pois o acusado disse que mataria o seu pai e sua família, como já havia tentado antes”. Na sentença, o juiz Marcelo Alberto Chaves Villas escreveu ainda que “tirar a inocência de uma criança é um dos crimes mais bárbaros a ser cometido. A menina está com sequelas psicológicas que podem perdurar por toda vida”.
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