Dom João Melchior Bosco — nascido em 1815 e falecido em 31 de janeiro de 1888, em Turim, Itália — também protetor de Brasília, recebeu o título de “Padroeiro do Ilusionismo” por iniciativa de mágicos da Espanha, para celebrar o santo que teria praticado truques de mágica além de malabarismos e acrobacias na adolescência, para auxiliar no sustento da família.
Como era muito religioso, pregava o evangelho depois de suas apresentações acreditando que as bênçãos financeiras que recebia do público vinham pela pregação da palavra de Jesus. Outro hábito do jovem era convidar as pessoas para rezarem o terço, o que se tornou uma constante em suas apresentações, o que atraía sempre novos adeptos. Em 1934, foi canonizado santo da Igreja Católica, pelo papa Pio XI.
É comum confundirmos mágica com magias. As magias têm características espirituais — portanto, nenhuma ligação com mágicas — e através de cerimônias entram em contato com os aspectos ocultos do universo.
A mágica é a técnica e a arte de entreter e surpreender o público por meio de truques, que envolvem basicamente a prestidigitação, prática de atuar ágil e habilidosamente com as mãos. Ao longo do tempo, diversos recursos foram desenvolvidos, com jogos de espelhos e equipamentos cada vez mais sofisticados e tecnológicos, com artifícios detalhadamente planejados e realizados após muito treinamento.
No Brasil, considera-se que o precursor do ilusionismo tenha sido João Peixoto dos Santos. Nos anos 1920, J. Peixoto – como ficou conhecido – começou a difundir essa arte com outros mágicos. Foi o fundador e presidente do Círculo Mágico Internacional, que agregou coletivos amadores em todo o país. Hoje, existem associações de ilusionistas em vários estados brasileiros.
Prática desde o antigo Egito
A arte do ilusionismo se divide em vários grupos, como cartas de baralho, lenços, dados, objetos escondidos, animais, pessoas, moedas, argolas, dentre várias outras formas. Dentre os mágicos mais famosos do mundo estão Harry Houdini, David Copperfield (o primeiro a se apresentar na Broadway), Mister M e David Blane, que fazia performances, inclusive de levitação, nas ruas.
As mágicas mais conhecidas envolvem aparecimentos e desaparecimentos de pessoas ou objetos, transformações, leitura da mente, desafios às leis físicas e lógicas, e tudo o que afronta a explicação racional. Feitos baseados no ilusionismo aparecem desde as primeiras civilizações: no antigo Egito há relatos em papiros sobre um mágico que conseguia fazer com que animais decapitados tivessem suas cabeças e a vida de volta após algumas palavras e gestos de um mágico chamado Dedi, que se apresentava para o faraó.
Durante a Idade Média, como havia muita influência da igreja controlando tudo e todos, as práticas dos mágicos acabaram desaparecendo, pois o que não tinha explicação pela igreja era considerado bruxaria e os “bruxos” acabavam nas fogueiras. Só começou a se firmar e garantir o divertimento para todas as idades a partir do século 18, passando por diversas modificações e influências até se converter numa das formas mais populares de entretenimento.
Famosos
O ilusionismo teve como primeiro representante o grande mágico francês Jean Eugène Robert-Houdin (1874-1926), considerado o "Rei das Fugas". Suas mágicas se baseavam em trancar-se em baús ou enormes caixas, inclusive imerso na água e em alguns segundos aparecer tranquilamente do lado de fora. Graças a ele, a mágica deixou de ser apresentada só por artistas de rua, para tornar-se uma arte teatral de grande prestígio.
Já no século 20, quem iniciou dominando esse universo foi Doug Henning (1947-2000). Henning já se interessava por mágica desde a infância, assistindo programas na televisão. Começou a pesquisar e quando adulto montou seu primeiro espetáculo, combinando mágica, música e história. Seus truques principais consistiam em atravessar paredes de tijolos e fazer um elefante desaparecer, mas sempre estudava estratégias diversificadas para novas exibições.
Mas foi David Copperfield (1956-) que realmente desafiou e ainda desafia o mundo do ilusionismo com truques insuperáveis. Para se ter uma idéia, ele já fez desaparecer a Estátua da Liberdade, em um programa de televisão, levitar sobre o Grand Canyon (EUA), sair de uma camisa de força, e passar através da Muralha da China. (Fonte: (https://www.espacoeducar.net/)
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