Uma morte por minuto, 42 milhões de vítimas no mundo. Um milhão de casos por ano no Brasil, com 11 mil óbitos, em 2021. Os números não escondem que o HIV/Aids continua sendo um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo.
O uso da camisinha externa ou interna, em todas as relações sexuais, é um método seguro e eficaz para proteção contra o HIV e outras IST
Para as novas gerações, dos(as) que não viveram ou simplesmente ignoram o que foi a epidemia da doença vivida pelos jovens dos anos 80, nunca é demais lembrar: por definição, a aids é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, doença causada pelo vírus HIV, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de outras infecções.
São significativos os avanços que a ciência e a tecnologia trouxeram para o combate ao HIV, desde então. Conhecer a sorologia positiva de forma precoce aumenta muito a expectativa e a qualidade de vida de uma pessoa que vive com o vírus.
O tratamento antirretroviral é garantido para todos, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas mesmo assim, entre 2011 e 2021, mais de 52 mil jovens de 15 a 24 anos com HIV evoluíram para a síndrome da imunodeficiência adquirida — Aids. Os dados são do Ministério da Saúde (MS).
As ações do MS visam incentivar um comportamento sexual seguro, estimular a adoção de estratégias de prevenção combinada, conhecer o status sorológico e buscar tratamento precoce. Em 2021, 40,8 mil casos de HIV e outros 35,2 mil casos de aids foram notificados no Brasil por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids.
Ainda segundo o documento, desde o primeiro caso informado em território nacional, em 1980, até junho de 2022, já foram detectados 1.088.536 casos de aids. Somente em 2021, mais de 11 mil óbitos foram registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) em decorrência do agravo, com uma taxa de mortalidade padronizada de 4,2 óbitos por 100 mil habitantes, índice que sofreu decréscimo de 26,4% entre 2014 e 2021.
Embora se observe uma diminuição de casos nos últimos anos, a pasta ressalta que parte dessa redução pode estar relacionada à subnotificação, principalmente no ano de 2020, devido à pandemia de Covid-19.
Nesse contexto, a infecção pelo HIV é considerada estabilizada no Brasil, porém, ainda em patamares elevados. Trata-se de uma condição crônica que pode ser controlada por meio do diagnóstico oportuno e do tratamento, para que as pessoas vivendo com o vírus vivam mais, melhor e não transmitam HIV por via sexual.
Quem se testa com regularidade e busca tratamento no tempo certo, ganha muito em qualidade de vida. Por exemplo: mães que vivem com HIV têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV, se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.
No Brasil, exames laboratoriais e testes rápidos detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo SUS, nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
Proteção
O uso da camisinha externa ou interna, em todas as relações sexuais, é um método seguro e eficaz para proteção contra o HIV e outras IST — Infecção sexualmente transmissível. Caso apresente exposição sexual com risco de infecção, o usuário deve se informar sobre a profilaxia pós-exposição (PEP), que deve ser iniciada em até 72 horas.
Se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente, algumas infecções podem levar a graves complicações. É importante que não haja automedicação e que o tratamento seja prescrito por um profissional de saúde habilitado. Também é de extrema relevância que as parcerias sexuais sejam alertadas sempre que uma IST for diagnosticada, para que também realizem o tratamento.
Conheça alguns exemplos de IST: herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano — HPV, hepatites virais B e C.
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