(Foto: Freepik)
A escola de Enrico comemora tanto o dia dos pais quanto o dia das mães, mas ele relata que professores e demais funcionários são receptivos ao fato de seu filho pertencer a uma família homoafetiva. “Nesses dias eles falam sobre a família e a pessoa que representa o cuidador da criança, seja avô, avó, tio, madrinha, dois pais, duas mães. O Enrico entrega o presente pros dois pais no dia das mães e no dia dos pais também”, conta. Apesar da existência dos dias temáticos não ser um problema para algumas crianças, como Enrico, a substituição pelo Dia da Família em algumas escolas é uma prática que reflete como diversas famílias têm ocupado mais espaços sociais. Segundo Joice Vieira, isso permite o tratamento natural da diversidade, principalmente entre as crianças. Ela explica que é mais fácil dar possibilidades para refletirem sobre as pessoas que convivem em seu dia a dia do que definirem seu ciclo familiar pela ausência de alguma figura. “Sujeitos em formação precisam de pessoas de referência. Podem ser os pais biológicos, adotivos, avós ou outras pessoas que cumpram este papel. O que não pode acontecer é não ter referência alguma e supervisão insuficiente”, ressalta. Quando Enrico é perguntado sobre a ausência da mãe pelos coleguinhas, Mendes explica que o filho é enfático em responder que “é porque ele tem dois papais e fim, mesmo sendo muito claro que ele nasceu da barriga de uma mulher”. E quando Enrico perguntou ao seu marido se ele tinha saído da barriga dele, a resposta não poderia ser outra: “Ele respondeu que o Enrico nasceu do coração do papai, e que isso é maravilhoso”. (Fonte: Portal Luneta)
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