Botos são encontrados mortos no Lago Tefé

Pelo segundo ano, animais morrem durante a seca na região
sexta-feira, 04 de outubro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Wikimedia)
(Foto: Wikimedia)
Os lagos Tefé e Coari, no Rio Solimões, interior do estado do Amazonas, que registraram a morte de 330 botos — entre os cor-de-rosa e os tucuxi — durante a seca do ano passado devido às altas temperaturas, estão ainda mais quentes em 2024. A informação é de um levantamento divulgado pelo WWF-Brasil e MapBiomas na segunda-feira, 30.

Lagos do Amazonas — onde 330 botos morreram em 2023 — estão ainda mais quentes em 2024
O Amazonas enfrenta mais uma severa estiagem este ano, que já afeta todos os 62 municípios, incluindo a capital. Dados da Defesa Civil indicam que mais de 745 mil pessoas estão sendo impactadas. Em Manaus, o nível do Rio Negro está a menos de um metro da marca recorde de seca de 2023.

De acordo com o levantamento dos órgãos, durante a seca do ano passado, 330 botos das espécies cor-de-rosa e tucuxi morreram nos lagos Tefé e Coari, no Rio Solimões. Naquele período, os pesquisadores registraram temperaturas da água que chegaram a 40ºC no dia de pico das mortes, em 29 de setembro.

Neste ano, a WWF-Brasil e o MapBiomas desenvolveram uma plataforma para monitorar 23 dos 60 lagos existentes na Bacia Amazônica. Os dados já indicam que a temperatura das águas está acima da média para esta época do ano, gerando preocupação entre os pesquisadores.

"O mais preocupante é que, em 23 de setembro, 12 desses lagos já estavam com temperaturas acima dos valores observados em 2023, ano no qual as águas atingiram temperaturas extremas, resultando em uma catástrofe para a população de botos da Amazônia”, afirmou Helga Correa, especialista em conservação do WWF-Brasil e uma das coordenadoras da plataforma.

"Esses lagos também acumulam de 5 a 9 meses com temperaturas médias acima do observado em 2023, ressaltando o estresse fisiológico acumulado pela sucessiva exposição a altas temperaturas e baixos níveis de água", disse.

No lago Tefé, onde 209 botos morreram em 2023, as temperaturas estão 0,8 °C acima da média dos últimos cinco anos e 0,2 °C mais altas em comparação a 2023, segundo os dados da plataforma.

"O problema é que ainda temos pela frente mais dois meses de estação seca na Amazônia e esses números são um indício de que no auge do calor, entre setembro e outubro, teremos temperaturas bem acima das registradas no ano passado", disse Juliano Schirmbeck, coordenador técnico do MapBiomas Água.

(Fonte: g1.globo.com)

 

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