O grupo Nova Friburgo de Alcoólicos Anônimos, fundada em 8 de agosto de 1952 — segundo mais antigo do estado do Rio de Janeiro — completa 70 anos este ano. A dedicação do grupo é referência na cidade pelo trabalho de apoio à pessoas decididas a se livrar do alcoolismo.
No município funcionam seis entidades voltadas para essa ação: Nova Friburgo, Imperador, Alicerce, Ouro Preto, Santa Lúcia e Tingly. Os atendimentos destes quatro últimos estão temporariamente suspensos devido à pandemia de Covid-19.
O Grupo Nova Friburgo, localizado na Avenida Euterpe Friburguense 33, sala 105, Centro, funciona todos os dias da semana: às segundas-feiras, há os encontros de estudo e temática, entre 19h30 às 21h30, abertos a quem quiser participar; de terça a sexta-feira, reuniões também das 19h30 às 21h30; aos sábados, portas abertas para a comunidade, também das 19h30 às 21h30; e aos domingos, das 10h às 12h.
Assim como o Grupo Imperador, localizado na Rua Paraíba, no bairro Bela Vista: de segunda a sexta-feira, sempre das 19h30 às 21h30.
Trabalho de amor ao próximo
Sobre o alcoolismo, a jornalista Elisabeth Souza Cruz escreveu em sua coluna Surpresas de Viagem — publicada em A Voz da Serra, em 21 de fevereiro de 2017: “.... vamos tirar ‘o peso das costas’ e seguir os ‘Os Dozes Passos de Alcoólicos Anônimos’, refletindo sobre o que ainda muita gente resiste em aceitar como doença. Há o costume de se contar piadas sobre o ‘bebum’ sem que se imagine o drama com que se reveste o fato. Graças ao apoio dos AA, muita gente tem se recuperado e restabelecido a dignidade de viver. É um trabalho louvável, de puro amor ao próximo!”
E ainda: “Roberto Flores, conselheiro em dependência química, em seu trabalho de recuperação de dependentes, ressalta que a maioria dos tratamentos é projetada para fazer mais do que simplesmente reduzir ou remover o consumo de álcool ou outras drogas. Preocupantes são as estatísticas feitas em pesquisas com jovens entre 12 a 17 anos e o álcool lidera com 40% de usuários. Outro dado alarmante é o uso de bebidas alcoólicas por mulheres, durante a gravidez, o que acarreta problemas para o bebê.”
Como disse nosso entrevistado, o psicólogo Téo Nascimento: “O dependente de álcool precisa ser olhado com compaixão e não como alguém que escolheu de forma deliberada essa condição”.
Recado dado, é preciso humanizar nossa forma de ver o dependente do álcool, ajudar essa pessoa, que muitas vezes está dentro de nossas casas, faz parte de nossa família.
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