Os dados agregados de todos os setores econômicos (indústria, comércio, serviços e agropecuária) mostram que Nova Friburgo acumula a geração de 2.588 novos postos de trabalho formais de janeiro até outubro deste ano. Desde o início do ano, o maior município da região Centro Norte fluminense vem registrando resultados positivos. A análise feita pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a partir da plataforma Retratos Regionais, mostra ainda que a indústria, especificamente, tem saldo positivo de 1.311 empregos neste mesmo período, ou seja, mais de 50% de todas as contratações. O segmento que impulsionou este resultado foi a confecção de artigos do vestuário e acessórios (1.044 empregos).
Segundo a presidente da representação regional da Firjan no Centro-Norte, Márcia Carestiato Sancho, os setores de serviços e o comércio deram bons sinais da recuperação gradual da economia ao longo de 2021. “A indústria continua sendo o grande gerador de empregos, mas esses setores estão reagindo de forma positiva, isso mostra que estamos avançando com a retomada e que os empresários estão mais confiantes”, reforçou Márcia.
Até agora, a região Centro Norte fluminense acumula a geração de 4.153 empregos, com Nova Friburgo no ranking, seguido do município vizinho de Bom Jardim com 524 novos postos de trabalho.
Números no estado
O Estado do Rio de Janeiro abriu 19.703 postos de trabalho formais em outubro. Análise feita pela Firjan, a partir da plataforma Retratos Regionais, destaca que, com mais esse resultado positivo, o mercado de trabalho fluminense recuperou os empregos perdidos no início da pandemia de Covid-19. Entre março e agosto de 2020 foram extintos 198.649 postos de trabalho e, de setembro de 2020 a outubro de 2021, foram abertos 200.226 vagas.
“Esse resultado, além de mostrar recuperação dos empregos, indica que os empresários fluminenses estão confiantes. É um marco importante, mas temos que continuar atentos a fatores que podem impactar essa retomada, entre eles as questões estruturais”, diz Rodrigo Santiago, presidente do Conselho Empresarial de Economia da Firjan.
Em outubro, os setores da indústria e construção abriram 3.910 postos de trabalho. A construção civil (+ 1.003) seguiu se destacando, seguida por Serviços Industriais de Utilidade Pública (+ 721), Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos (+ 686) e Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios (+ 652 vagas).
O setor de Serviços abriu 11.682 vagas no mês, com destaque para Restaurantes e Outros Estabelecimentos de Serviços de Alimentação e Bebidas (+ 2.153) e Fornecimento e Gestão de Recursos Humanos para Terceiros (+ 1.107). No Comércio, o saldo de outubro foi de 4.884 contratações e os destaques foram Hipermercados e Supermercados (+ 782) e Vestuário e Acessórios (+ 750). Já a agropecuária fechou 773 vagas.
No acumulado de janeiro a outubro deste ano, o Estado do Rio abriu 142 mil postos de trabalho, distribuídos entre os setores de serviços (+ 82,5 mil), indústria e construção (+ 33,5 mil), comércio (+ 23,8 mil) e agropecuária (+ 2,4 mil). As contratações estão disseminadas pelo Estado, com 83 dos 92 municípios apresentando saldo positivo no acumulado do ano. Os destaques no período são a capital (+ 64 mil), Macaé (+ 9,3 mil), Niterói (+ 6,3 mil), Campos dos Goytacazes (+ 4,5 mil) e São Gonçalo (+ 3,7 mil).
Plataforma Retratos Regionais
A plataforma Retratos Regionais da Firjan tem como base o saldo de empregos formais disponibilizados no Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Previdência Social. No painel setorial são disponibilizados dados específicos dos setores industriais.
Em painel regional, que também permite a busca por município, é apresentado o cenário geral de empregos, incluindo todos os grandes setores. A plataforma completa pode ser acessada através do link: https://bit.ly/2WunK6l.
Falta de matéria prima
Outra pesquisa realizada pela Firjan mostra que, embora a indústria seja o setor que mais contratou este ano, 64,7% das indústrias do estado do Rio têm enfrentado dificuldade para comprar produtos nacionais para movimentar a produção. No caso dos materiais importados, 73,2% das empresas estão sendo impactadas
A pesquisa revela que seis em cada dez indústrias do Estado do Rio ouvidas pela Firjan em novembro, relatam que ainda enfrentam dificuldade na compra de insumos e matérias-primas nacionais, mesmo pagando mais caro pelos produtos. No caso dos materiais importados, 73,2% das empresas fluminenses estão sendo impactadas.
A pesquisa “Sondagem Especial de Fornecimento de Insumos e Matérias-primas” mostra que duas em cada dez indústrias do Estado do Rio estão com muita dificuldade para a compra dos produtos, tanto nacionais quanto importados.
A expectativa de 60% dos empresários é de que a normalização da oferta ocorra no primeiro semestre de 2022. Aproximadamente 13% dos entrevistados esperam normalização no segundo semestre e, para quase 20%, essa melhora deve acontecer somente em 2023.
A pesquisa “Sondagem Especial de Fornecimento de Insumos e Matérias-primas” pode ser acessada através do link: https://bit.ly/3tihNEU.
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