Com os 299 postos de trabalho formais criados em julho, o Centro-Norte Fluminense registrou o sétimo resultado positivo consecutivo no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Mais uma vez a Indústria (136) foi responsável pela maior parte das vagas geradas, seguida por Serviços (89) e Comércio (74). Com isso, a região já gerou 5.287 novos postos de trabalho desde agosto de 2020, aponta a Firjan através da plataforma Retratos Regionais.
Pela maior concentração de empresas e pessoas, Nova Friburgo segue como epicentro da retomada econômica regional. O município registrou a abertura de 107 postos de trabalho em julho e 3.621 nos últimos 12 meses, e está entre as oito maiores geradoras de empregos neste período. Os segmentos industriais de Confecção de Artigos do Vestuário (1.055) e Fabricação de Produtos de Metal (595) e, o Comércio Varejista (831) foram os que mais contribuíram para o resultado.
“Há uma retomada lenta e gradual em progresso. As empresas estão se fortalecendo, mas há um caminho muito longo para recuperarmos o equilíbrio. Os custos produtivos só aumentam, a matéria-prima segue subindo, a energia fica mais cara a cada dia devido a crise hídrica, os tributos seguem altos e o custo do frete cresceu exponencialmente, devido ao preço dos combustíveis. Precisamos de reformas e projetos que olhem de fato para o crescimento do País”, afirmou a presidente da Firjan Centro-Norte, Márcia Carestiato Sancho (foto).
Em julho, Cachoeiras de Macacu (86), Cordeiro (48) e Sumidouro (30) foram as cidades que mais criaram vagas após Nova Friburgo. Duas Barras registrou saldo zero, e Cantagalo (-13) e Trajano de Morais (-3) apresentaram mais demissões do que contratações, integrando o grupo de 19 cidades fluminenses que apresentaram saldo negativo no mês.
A boa a sequência fez com que sete dos doze municípios da região recuperassem o patamar de empregos com carteira assinada pré-pandemia. Apesar disso, Cachoeiras de Macacu, Cordeiro, Duas Barras e São Sebastião do Alto ainda buscam o equilíbrio do mercado de trabalho. Carmo foi o único município da região que registou a abertura de vagas mesmo nos piores meses da pandemia, entre março de julho de 2020.
Estado do Rio abriu mais de 18 mil vagas em julho
A plataforma Retratos Regionais mostra também que o Rio de Janeiro foi novamente o terceiro estado que mais assinou carteiras de trabalho no país, com saldo de 18.773 empregos formais no mês de julho. O setor de Serviços (+8.755) foi quem mais contratou, seguido por Indústria e Construção (+5.443) e Comércio (+4.580). A agropecuária apresentou saldo negativo de cinco vagas.
No agregado de todos os setores econômicos, o estado do Rio já recuperou aproximadamente 8 em cada 10 postos de trabalho perdidos após o início da pandemia: entre março e julho de 2020 houve saldo negativo de 191,2 mil vagas, que foram parcialmente recuperadas com a abertura de 150,5 mil vagas até julho deste ano.
Plataforma Retratos Regionais
A plataforma Retratos Regionais da Firjan tem como base o saldo de empregos formais disponibilizados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. Em painel setorial são disponibilizados dados específicos dos setores industriais.
Em painel regional, que também permite a busca por município, é apresentado o cenário geral de empregos, incluindo todos os grandes setores. A plataforma pode ser acessada através deste link: Retratos Regionais | Firjan.
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