Pandemia não reduziu venda de brinquedos para o Dia das Crianças

Devido ao cenário atual, muitas lojas aderiram ao e-commerce, através de sites, Instagram e WhatsApp
sexta-feira, 09 de outubro de 2020
por Thiago Lima (thiago@avozdaserra.com.br)
Brinquedos nas lojas de Friburgo (Foto: Thiago Lima)
Brinquedos nas lojas de Friburgo (Foto: Thiago Lima)

O comércio está super animado com o Dia das Crianças, atraindo adultos para adiantarem as compras de presentes. A Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) já comemora o crescimento de 3% no faturamento em relação a 2019 — que registrou um saldo de R$ 7,290 bilhões. Junto com o Natal, a data responde por 65% das vendas do setor no ano.

Segundo pesquisa da Social Miner em parceria com a Opinion Box, 62% das pessoas que responderam vão comemorar a data, e dessas, 40% vão presentear. Ainda segundo a pesquisa, algumas categorias se destacam por preferência de compras: brinquedos, 58%; roupas, 35%; e jogos de videogame, 23%. 

Muitas lojas aderiram ao e-commerce, com vendas pelo site, instagram e whatsapp  — como é o caso, do Bazar Opção que, de acordo com o proprietário Rodrigo Vieira, “atualmente, 20% do faturamento da loja é pelas vendas online.”  

Entre os brinquedos mais procurados estão sempre os lançamentos, “como dois carrinhos de controle remoto que são os preferidos! Um deles pode cair no chão que não quebra, e outro é anfíbio mas também anda em qualquer terreno. Para as meninas, está tendo muita procura as bonecas realísticas, que parecem bebês de verdade”, esclareceu Rodrigo. 

Sobre as vendas, o proprietário diz que está surpreso. “Nessa pandemia tivemos dois meses mais difíceis e depois equilibrou. Esse dinheiro que o governo injetou (auxílio emergencial) melhorou a economia do país e ao meu ver mantivemos nossa meta do ano passado. Graças a Deus, não temos do que reclamar”, revelou, acrescentando que chegou a superar a meta de setembro do ano passado. 

Voltando ao e-commerce, alternativa encontrada por inúmeras lojas nesse período, Rodrigo acredita que essa modalidade promoveu o crescimento de seu estabelecimento. “Era um tipo de serviço que não usávamos. Criamos um site da noite para o dia, aderimos ao Instagram e disponibilizamos cinco números de whatsapp. Também adotamos o serviço de delivery — compramos uma moto, uma Fiorino e já tínhamos um caminhão. Mas o cliente também pode realizar o pedido e retirar direto aqui na loja, agilizando a compra”, contou. 

Quebra-cabeças, pinturas...

Várias lojas revelam o aumento de vendas de jogos de tabuleiro, quebra-cabeças e material para pintura. As pessoas estão buscando novas formas de passar o tempo e entre as opções, estão os quebra-cabeças, já em alta há cerca de um ano, acompanhando a moda de outras atividades contemplativas e de baixa tecnologia, como livros para colorir. Uma pesquisa feita no ano passado pelo MarketWatch previu que o valor da indústria de quebra-cabeças poderia chegar a US$ 730 milhões até 2024.

Procon recomenda

A primeira coisa que deve ser conferida em qualquer brinquedo é se ele tem o selo de certificação do Inmetro. Este selo é a garantia de que aquele produto foi avaliado e apresenta as condições mínimas de segurança para o seu uso. O selo deve estar presente mesmo nos produtos importados.

Outro fator importante é a faixa etária para a qual são indicados pelo fabricante. Brinquedos recomendados para crianças mais velhas, por exemplo, podem conter peças pequenas que se soltam e podem ser perigosas para crianças mais novas. Outro caso é o de alguns brinquedos para crianças mais velhas que podem ter elementos tóxicos em suas composições, como massa de modelar e slime, e por isso não devem ser levados à boca — um gesto comum em crianças nos primeiros anos de vida. Este cuidado deve ser redobrado se elas convivem com outras de faixas etárias diferentes.

Antes de permitir que a criança use o brinquedo, os pais ou responsáveis devem também ler com atenção as suas instruções de uso. Também deve verificar a composição  para saber se ele contém material ao qual a criança seja alérgica.

É preciso certificar-se de que os sites em que forem pesquisar possuem o nome e o CNPJ da empresa e informações necessárias para fazer contato, além de oferecerem algum sistema de segurança no ato de compra. Atenção aos valores oferecidos pelos produtos ofertados. Preços muito abaixo da concorrência devem ser vistos com desconfiança. E atenção às especificações do produto, já que você não tem o produto em mãos. 

 

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