Em tempos de quarentena e sem eventos esportivos, vários canais de televisão, em sistema aberto ou fechado, têm exibido eventos que marcaram a história do esporte nacional e internacional. Desde as corridas vencidas por Ayrton Senna, passando pelas conquistas do voleibol brasileiro até os títulos da Seleção de futebol. Os clubes também são lembrados, e partidas marcantes mexem com o coração dos torcedores, mesmo depois de vários anos.
As partidas de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco têm garantido boas audiências aos canais especializados, e ajudado a diminuir a saudade dos apaixonados pelo mundo da bola. Geralmente os jogos a serem transmitidos são definidos através de enquetes na internet, gerando inclusive a mobilização das torcidas para participarem das votações. Até mesmo numa simples enquete a rivalidade prevalece.
Há duas semanas a TV aberta também exibe as partidas (Flamengo e Vasco tiveram finais transmitidas, e as próximas serão de Fluminense e Botafogo). Dentro desse contexto, A VOZ DA SERRA imagina se os jogos históricos do Friburguense pudessem ser exibidos novamente. Quais seriam eles? Separamos dez momentos recentes, dentre tantos outros que fazem parte da trajetória do Tricolor da Serra.
- 1 – Friburguense 1 x 0 Botafogo (1999)
Em 14 de março de 1999, o Frizão vencia pela primeira vez em sua história no Maracanã. E a partida foi emblemática, não só pela marca, como também pelo adversário. Enfrentando o Botafogo, finalista da Copa do Brasil daquele ano e campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1998, o Tricolor da Serra venceu com um belo gol do atacante Nevada.
O Frizão contava com nomes que fizeram história no clube, à exemplo do goleiro Adriano, do meia Eduardo e da dupla Cadão e Sérgio Gomes entre os titulares. Durante a partida, o Friburguense ainda teve Sérgio Gomes expulso, o que não impediu o golaço de Nevada aos 39 minutos do segundo tempo.
- 2 – Friburguense 1 x 0 Botafogo (2014)
A vitória do Friburguense sobre o Botafogo em Moça Bonita, pelo Campeonato Carioca de 2014, teve gosto especial. O gol marcado por Bidu, aos 11 minutos do primeiro tempo, foi o milésimo da história do Tricolor da Serra, representando um marco. O triunfo afastaria o time da zona de rebaixamento do Estadual, e representaria um gás para terminar a campanha de maneira tranquila.
“Para mim é uma sensação indescritível. Eu sou nascido em Nova Friburgo e tenho um carinho muito grande pelo Friburguense. Tudo o que tenho eu devo a esse clube. O milésimo gol vai ficar marcado na minha vida”, comentou Bidu à época.
O Friburguense, do técnico Gerson Andreotti, começou o jogo naquela ocasião com Afonso, Sérgio Gomes, Cadão, Bruno, Flavinho, Bidu, Marcelo, Lucas, Jorge Luiz, Ziquinha e Rômulo.
- 3 – Friburguense 5 x 4 Vasco (2015)
Sem dúvidas, um dos jogos mais emocionantes da história do Friburguense. Estádio Eduardo Guinle lotado, nove gols e a defesa de pênalti de Marcos no último minuto, diante do artilheiro Gilberto. Isso sem contar a grande exibição do Tricolor de Gerson Andreotti em Nova Friburgo, livrando assim os riscos de rebaixamento. O Vasco, até então, tinha a melhor defesa do Campeonato Carioca.
Jorge Luiz (duas vezes), Sérgio Gomes, Felipe e Lucas (contra) garantiram a vitória do Frizão. Gilberto (duas vezes de pênalti) e Lucas (duas vezes) descontaram para os visitantes. O Friburguense atuou com Marcos; Sérgio Gomes (Damião), Cadão, Pierre e Flavinho; Bidu, João Vitor (Felipe), Leo (Zé Vitor) e Jorge Luiz; Jefferson e Caíque.
- 4 – Friburguense 1 x 1 Vasco (2004)
O Friburguense montou um grande time para o Campeonato Carioca de 2004. Tanto que chegou à histórica semifinal da Taça Rio, contra o Vasco, no Maracanã. Dezenas de ônibus deixaram Nova Friburgo rumo ao “Maior do mundo”, e os torcedores promoveram uma grande festa no estádio, em um dia 24 de março.
Aos 32 minutos do primeiro tempo, Sérgio Gomes (aniversariante daquele dia) tabelou com Abedi na entrada da área e acertou um belo chute, no ângulo de Fábio, e colocou o Frizão na frente. No entanto, no segundo tempo, aos 12 minutos, Robson Luiz empatou o jogo para o Vasco. Fim de jogo, 1 a 1, primeiro empate da história do confronto. Nos pênaltis, o time de Nova Friburgo saiu derrotado por 5 a 4.
- 5 – Friburguense 1 x 1 Internacional (2005)
O Friburguense possui um momento especial para recordar quando o assunto é Copa do Brasil. O Tricolor da Serra, em 2005, enfrentou o Internacional (que no ano seguinte, com a base daquele time, seria campeão do mundo). Antes, o Frizão eliminou a Caldense, em duelo marcado pela vitória por 4 a 1, no Eduardo Guinle (Cadão, Bidu, Ziquinha e Marquinhos marcaram) e a derrota por 2 a 1 em Minas.
Na fase seguinte, então, o Frizão encarou o Internacional. Na ida, dia 16 de março, no Eduardo Guinle com mais de 2.600 pessoas, empate em 1 a 1. Marquinhos abriu o placar para o Tricolor logo no início da partida, mas já nos minutos finais do segundo tempo, Tinga empatou. Na volta, o Inter goleou por 4 a 0, em jogo bastante polêmico. O Frizão teve o goleiro Jefferson e o meia Vitor Hugo expulsos no confronto, que até a metade final do segundo tempo, estava empatado sem gols. O Friburguense chegou a colocar uma bola no travessão.
- 6 – Friburguense 3 x 4 Portuguesa (2016)
Imagine uma decisão com quatro pênaltis. Dois convertidos e dois desperdiçados, exatamente no momento em que aquela equipe poderia passar à frente do marcador. Imagine o brilho de um artilheiro, Lohan com dois gols marcados, ambos em penalidades, um goleiro iluminado e algumas bolas na trave.
Com esse enredo, o Friburguense conquistou o título da Copa Rio, em campo, no estádio Luso-Brasileiro. O Tricolor da Serra chegou a fazer 2 a 0, mas levou a virada por 4 a 2. No último minuto, o goleiro Luiz Felipe marcou de cabeça, fez 4 a 3 e levou a decisão para os pênaltis.
E Luiz Felipe novamente foi herói, ao defender uma penalidade e levar sorte em outra. O Tricolor perderia o título da justiça, pela suposta escalação irregular de Diego Guerra na competição. No entanto, a partida do dia 22 de outubro de 2016 marca a história do clube.
- 7 – Friburguense 1 x 0 Artsul (2019)
Em 23 de setembro do ano passado, o Friburguense, subindo de produção na Série B1 Estadual, chegava ao estádio Nivaldo Pereira com a obrigação de vencer o Artsul para avançar à final da Taça Corcovado. Somente desta forma manteria o sonho do acesso à primeira divisão vivo. O adversário, de melhor campanha no segundo turno e invicto em casa, jogava pelo empate.
No entanto, com Jorge Luiz, o Frizão conseguiu triunfar e avançar para a final do turno, contra o América. Afonso fechou o gol, teve bola na trave e emoção até o último minuto.
- 8 – Friburguense 2 x 0 Goytacaz (2019)
O primeiro duelo da semifinal geral da Série B1 do Campeonato Carioca foi uma verdadeira batalha. Encarar o Goytacaz em Campos, com a pressão da torcida num Aryzão lotado, nunca é fácil. Mas o Friburguense jogou com autoridade naquele 28 de setembro, e com gols de Diego Ibraim cobrando falta no primeiro tempo, e de Toshiya, nos minutos finais, deixaram o Tricolor em ótima situação.
No jogo da volta, em Nova Friburgo, o Frizão voltou a vencer (por 1 a 0, com gol de Raniel) e festejou o retorno à primeira divisão do Estado, na fase Seletiva.
- 9 – Friburguense 2 x 1 América (2019)
Após as vitórias contra o Goytacaz e o acesso garantido, restava decidir o título da Série B1 contra o América. No primeiro jogo, em Nova Friburgo, empate por 1 a 1. A grande final, então, ficou para Moça Bonita, onde o time rubro escolheu para mandar a partida.
O duelo foi realizado no dia 12 de outubro, debaixo de sol forte em Bangu. Maycon Douglas e Toshiya fizeram os gols da conquista do Friburguense, enquanto Pedrinho, em cobrança de falta, marcou para o Mecão. Para muitos, o maior título da história do Frizão.
- 10 – Friburguense 4 x 1 Fluminense (2006)
O encontro de tricolores, histórico para o Serrano, aconteceu em 25 de fevereiro de 2006, em Edson Passos. Na ocasião o Fluminense estreava o técnico Paulo Campos, e o Friburguense não tomou conhecimento do adversário.
O sérvio Petkovic abriu o marcador aos 22 minutos do primeiro tempo. Ainda nesta fase, o Frizão virou com os gols de Cadão, aos 28, e Bruno, aos 31. Na etapa final, Carlos Alberto, aos seis, e Gedeil, aos 24, completaram o marcador. Era carnaval e a goleada foi anunciada no sistema de som da Avenida Alberto Braune, e houve bastante comemoração pelas ruas de Nova Friburgo.
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