Muda o tempo, muda a alegoria e o Carnaval continua nas paradas!

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Na viagem de hoje nós vamos no cordão de Ana Borges: “É tempo de viver como se não houvesse amanhã, se divertir e ser feliz”, E o Caderno Z é o primeiro a puxar o cordão da felicidade, mostrando que, “através dos tempos”, a história do Carnaval passou por várias transformações, mas não perdeu o seu caráter brincalhão, crítico e satírico. De Dioniso (Baco) ao expresso 2020, o que era festa não deixou de ser, pois as comidas, as bebidas, as danças, as fantasias, os confetes e as serpentinas continuam no centro das atenções carnavalescas.

É certo que a exuberância do carnaval ganhou ainda mais glamour com as inovações de produtos para compor e decorar as fantasias. A friburguense Lais Jaccoud, que deixou a arquitetura para ser DJ, é a personificação do glitter. A “Glitterada”, como é chamada, nasceu no berço da folia, pois sua avó materna é uma das fundadoras do bloco Otávio e Carolina, do distrito de Amparo. Daí se vê seu DNA.

O Carnaval é também uma festa de cuidados com a saúde. Os médicos alertam sobre os perigos de se contrair doenças como herpes, mononucleose e outras mais. Para quem desconhece, a mononucleose é a doença do beijo. Mas nada que um bom repouso, boa alimentação, líquidos em quantidade e paciência não curem. As dicas das “rebordosas” são muito úteis também. A quarta-feira de cinzas é ótima para o acerto de contas com o organismo. Eu até sugiro que a página 14 do “Z” fique em local de destaque para ser consultada o ano inteiro, porque todo dia pode ser um dia de festa e de exageros.

A cultura universal tomou conta do reinado momesco. Basta observar os enredos das escolas de samba e se deliciar com aulas incríveis. A capacidade criativa humana consegue percorrer os meandros de culturas variadas, levando ao público espetáculos de primeira grandeza. O trabalho das escolas é fantástico e merece muita reverência.  Wanderson Nogueira resume tudo: “Celebro escola de samba como escola da vida. Dando seu banho de cultura, com verdadeira aula, palestra, seja qual for o enredo que traga”. Totalmente, partilho dessa ideia. Amo essa essência que anima o povo brasileiro.

E o futebol, como se compara ao carnaval? Eu penso que os dois começam no pé, seja na bola rolando ou no batuque do samba. Em  Nova Friburgo já temos uma gama de foliões que se divide entre o  Máquina Tricolor , o Urubu da Serra, o Gigantes da Serra e o mais recente, Alvinegros da Serra. É isso aí, comer e sambar é só começar!

Em “Mulheres Símbolos do Carnaval”, a simbologia friburguense está muito bem representada. Marly Pinel é presença hors-concurs em nossa cidade. Aliás, costuma-se dizer que o espaço entre uma agremiação e outra é uma pausa necessária para dar tempo de Marly Pinel trocar a fantasia. Lucimar Corrêa é outra que tem o samba na alma e quando se trata da “Alunão” , ela confessa: “A Alunos do Samba é a minha casa”.

Rosângela Cassano também é um ícone dos mais brilhantes e, recordando momentos marcantes e felizes, não perde as origens, pois começou na folia quando era “muito pequenina e fofuxa”. Saudosa de sua mãe, Eda Cassano, de quem segue os passos, Rosângela este ano é a “Rainha Elisabeth”, na Vilage no Samba, sua outra paixão.

Festejar aniversário no carnaval deve ser uma sensação mil vezes mais feliz. Essa experiência está na agenda dos aniversariantes Tony Ventura, Margô Emerick e do nosso colega Fernando Moreira, de quem tive o prazer de conhecer a mãe outro dia (minha conterrânea da Filó). Contudo, emoção maior está nos 103 anos do senhor Abdo Carim. Que beleza permear a quarta-feira de cinzas com as luzes do querido Abdinho.

Um viva para Silvério que acerta sempre em cheio, desta vez fazendo selfie  nas águas da saudade de todo nós. “Fantasia: Véu da Noiva” – Longe de ser impossível, a fantasia é sonhar com o véu jorrando água novamente. Porém, como diz um antigo samba-enredo, “sonhar não custa nada”. Dizem que o sonho é meia felicidade e a outra metade está na ação destemida. Linda semana e feliz jornal para todos nós. Um abraço especial aos leitores que amam a nossa viagem e me param nas ruas para os elogios carinhosos.

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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