Sepe confirma paralisação nesta quinta nas escolas estaduais

Assembleia da categoria, no Rio, pode deflagrar greve por tempo indeterminado. Professores reivindicam piso nacional e convocação dos aprovados em concursos
quinta-feira, 11 de maio de 2023
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Arquivo AVS/Henrique Pinheiro)
(Foto: Arquivo AVS/Henrique Pinheiro)

O Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe) confirmou a paralisação da categoria nesta quinta-feira, 11, nas escolas da rede estadual. O movimento tem o caráter de advertência, para reivindicar principalmente a implementação do piso nacional do magistério, de R$ 3.120, e do piso dos funcionários administrativos. Ainda de acordo com o Sepe, uma assembleia que será realizada à tarde, no Rio de Janeiro, poderá definir pela deflagração de greve por tempo indeterminado nas escolas estaduais. 

O coordenador do Sepe em Nova Friburgo e Região, professor Daniel Campos, informou que o vencimento-base de um professor (18 horas semanais) é de R$ 1.588 por mês e os funcionários  de nível elementar recebem hoje R$ 802 mensais, valor inferior ao salário mínimo (R$ 1.320). “O salário dos profissionais da educação da rede estadual do Rio de Janeiro é o pior do Brasil. Um absurdo, ainda mais porque nosso estado é o segundo mais rico do país”, observa Daniel.

Além disso, de acordo com ele, na rede estadual existe uma carência de mais de sete mil professores. “Em quase todas as escolas estaduais de Nova Friburgo existem inúmeras disciplinas sem professores. Essa situação tem prejudicado a formação dos estudantes e aumentado a precariedade do cotidiano nas escolas”, informou o professor. 

Carência de professores 

Por esta razão, outra pauta da categoria é a convocação de concursados de 2013 e 2014 e a realização de novos concursos públicos para o magistério estadual e funções administrativas. “Além de professores, as escolas do Estado do Rio sofrem com a falta de funcionários de apoio, como porteiros, inspetores, psicólogos e assistentes sociais, fundamentais para um ambiente de paz nas escolas”, relatou.

A classe também pede a revogação do Novo Ensino Médio (NEM). “Várias disciplinas tradicionais foram reduzidas ou retiradas da formação dos estudantes, empobrecendo, dessa forma, o acesso ao pensamento crítico e a produção científica de várias áreas do conhecimento”, explicou o coordenador do Sepe.

No início deste mês quando a paralisação de advertência foi anunciada, o Governo do Estado do Rio de Janeiro informou que a correção do piso salarial dos professores da rede estadual de ensino está sendo tratada no escopo do Regime de Recuperação Fiscal. 

A nota informou também que em relação à convocação de novos concursados, em janeiro, foi publicada no Diário Oficial, a autorização para convocação dos dois mil aprovados nos concursos realizados em 2013 e 2014. Desse quantitativo, 1.728 já foram chamados e se encontram cumprindo as etapas do processo admissional.

Quanto ao Novo Ensino Médio, o Governo do Estado informou que o assunto é de competência do Ministério da Educação, e que cumpre as determinações do Governo Federal.

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