A Serasa, braço da Serasa Experian, realizou uma pesquisa sobre a perspectiva do brasileiro com relação ao saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ao todo, o Governo Federal pretende injetar R$ 37,8 bilhões na economia, beneficiando cerca de 60 milhões de pessoas, que poderão retirar até R$ 1.045 considerando os saldos de todas as contas de FGTS.
De acordo com o levantamento, 52% dos consumidores devem usar o dinheiro extra para pagamento de dívidas, refletindo que ao menos metade da população do país está consciente da importância de manter o nome limpo frente às instituições financeiras, mesmo na pandemia. Foram entrevistadas 1.290 pessoas entre homens e mulheres de todas as regiões do Brasil, entre 18 e 85 anos de idade. O estudo foi realizado no formato on-line, por meio de uma metodologia quantitativa que reflete o comportamento da população brasileira como um todo. Atualmente, mais de 64 milhões de consumidores estão inadimplentes.
“O saque emergencial de até R$ 1.045 terá um importante papel na organização do orçamento das famílias brasileiras, que já encontram dificuldades para bancar as despesas básicas do dia a dia, que ficam com a vida financeira ainda mais complicada se estiverem endividadas”, analisa Jéssica Vicente, especialista em Pesquisa e Comportamento do Consumidor da Serasa.
Resultados da pesquisa
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59% afirmam possuir valores disponíveis de FGTS para saque;
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67% pretendem realizar o saque;
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55% optaram pelo crédito em conta poupança digital (utilizando o aplicativo Caixa Tem) para acessar o benefício, considerando a preocupação em manter-se isolada para o bem da própria saúde;
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45% deram preferência em acessar o benefício via saque ou por transferência;
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46% gostariam que o benefício fosse liberado ao mesmo tempo para todos; 2/3 das pessoas não receberão o dinheiro de forma rápida justamente devido aos prazos do calendário de pagamento, que vão de julho até novembro.
Renegociação de dívidas
A atual taxa Selic de apenas 2% cria o cenário ideal para quem está inadimplente renegociar dívidas. Seja pessoa física ou jurídica, no geral, os juros das dívidas são atrelados ou fortemente influenciados pela Selic. Assim, se ela cai, eles acompanham a queda. Desde 2017 a taxa vem caindo e a nona mudança implementada pelo Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, colocou a Selic em seu mais baixo percentual histórico.
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