Rebaixado, Friburguense terá disputa dura na Série B1

Tricolor da Serra terá a oportunidade de retornar para a A2 já nesta temporada de 2023
sexta-feira, 21 de julho de 2023
por Vinicius Gastin
Manutenção de Andreotti e de boa parte do elenco será o primeiro desafio antes da Série B1 (Fotos: Divulgação)
Manutenção de Andreotti e de boa parte do elenco será o primeiro desafio antes da Série B1 (Fotos: Divulgação)

A missão do Friburguense já não seria simples, e no meio do caminho, a vitória do Macaé sobre o Resende, fora de casa, ampliou as dificuldades. As chances de permanência da Série A2, já bem remotas, terminaram com o resultado do último final de semana, diante do América, no Rio de Janeiro. Ainda faltam os jogos contra Resende, no próximo dia 29 de julho, e Araruama, em 2 de agosto, para fechar a campanha, mas o momento passa a ser de reflexão e de olhar para o futuro.

Após a queda para a Série B1, a terceira divisão do futebol estadual, o Tricolor da Serra terá a oportunidade de retornar para a A2 já nesta temporada de 2023. A disputa do campeonato começa no próximo mês de setembro, reunindo 12 equipes, com duas vagas de acesso para os finalistas. O regulamento e a tabela da competição foram definidos durante Reunião do Conselho Arbitral com representantes dos clubes, na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

Nos mesmos moldes dos outros torneios de séries superiores da Ferj (A e A2 Carioca), a competição, que tem seu início marcado para o dia 9 de setembro, terá 12 clubes, com turno único, jogando todos contra todos (Taça Corcovado), com quatro semifinalistas (campeão x 4º colocado e 2º x 3º), sendo que dois (campeão e vice) serão promovidos para a Série A2 e dois serão rebaixados para a Série B2.

No encontro, além de tratarem sobre premiações e transmissões de TV, os clubes também foram orientados sobre laudos dos estádios e manipulação de resultados, no qual foram criados artigos no regulamento para proteger a competição e os clubes envolvidos.

Missão difícil

Depois de cerca de três décadas disputando as duas principais divisões do futebol do Rio de Janeiro – a maior parte deste tempo na elite -, o Friburguense vai reencontrar adversários tradicionais e clubes em ascensão no Estado. Dentre os mais conhecidos estão o Goytacaz e o Duque de Caxias, que não faz muito tempo, frequentou divisões nacionais e fez boas campanhas. Há ainda o Serra Macaense, de vários embates recentes com o Frizão, bem como o Barra da Tijuca. O clássico da Serra, contra o Serrano, também será um dos desafios.

Além desses mais conhecidos, o Friburguense também vai encarar candidatos a novas forças do futebol do interior. O Pérolas Negras e o 7 de Abril, por exemplo, se estruturam e contam com investimentos e parcerias importantes. Há ainda o São Gonçalo, o Nova Cidade e o também turbinado Paduano, que “vendeu” o nome relacionado à cidade natal e joga em Moça Bonita, treinando no campo do Exército e tendo aporte estrutural.

“A Série B1 será muito forte. Tem equipes tradicionais como Duque de Caxias, Goytacaz, Serra Macaense e projetos de SAFs, como o Barra, que tem o filho de Eurico Miranda à frente. Tem ainda o Serrano, que é da Kleffer, do Kleber Leite, que também faz um ótimo trabalho e chegou à semifinal no ano passado. E mais alguns trabalhos de grupos, que são o Paduano, que joga em Moça Bonita e treina nos campos do Exército, 7 de Abril e o Pérolas Negras. Não podermos ir para uma competição dessa pesando apenas na nossa camisa. Talvez tenhamos o tempo que não tivemos para a Série A2, mas como manter os atuais jogadores? Como fazer a competição sem a segurança jurídica e o apoio financeiro? Esse é um outro desafio. Estamos focados, num primeiro momento, no jogo do América e na combinação de resultados. Mas se não acontecer, já precisamos começar a planejar. E será uma luta muito grande. Esses clubes que hoje estão numa terceira divisão estavam entre as Séries A e B há pouco tempo. O Angra dos Reis, Barra Mansa, Ceres e o Bonsucesso, por exemplo, estão numa quarta divisão, e o Tigres do Brasil, na quinta divisão. São clubes tradicionais, sem contar Campo Grande, São Cristóvão, Itaperuna e outros”, projeta o gerente de futebol do Friburguense, Siqueirinha.

Com a expectativa por mais alguns anos pela frente de gestão, o dirigente tricolor terá que ser criativo mais uma vez para buscar investimentos, envolver pessoas e montar um elenco capaz de recolocar o Frizão na Série A2 de 2024.

Primeira rodada da B1:

Barra da Tijuca x 12º do descenso da A2

Goytacaz x Serra Macaense

São Gonçalo x 11º do descenso da A2

Duque de Caxias x Nova Cidade

Paduano x Pérolas Negras

7 de Abril x Serrano

Foto da galeria
Frizão encontrará adversários tradicionais e novos clubes bem estruturados pela frente
Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: