Leitores do jornal, atentos ao avanço da dengue e cientes da necessidade de mais cuidados coletivos para evitar a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, flagraram uma situação inaceitável no bairro Olaria. E o pior: um péssimo exemplo vindo de quem deveria combater os focos do mosquito: o governo municipal.
O prefeito tem que tomar uma atitude, encontrar uma solução e dar fim a esse cenário degradante. Não aguentamos mais!
No dia 22 de fevereiro, a Prefeitura de Nova Friburgo organizou uma força-tarefa para limpeza do imóvel que está desocupado e sob a administração dela. Foram retiradas do local grandes quantidades de lixo e entulhos do prédio e de seu entorno, mas não tudo. A ação foi desencadeada após denúncia de A VOZ DA SERRA sobre potenciais criadouros do mosquito da dengue em imóveis desocupados em Nova Friburgo, alguns deles sob a responsabilidade do governo municipal, como o antigo Sase.
“Só que esqueceram de eliminar potenciais focos do mosquito, como a laje. Tem chovido constantemente na cidade e a água parada é tudo o que o Aedes quer para se reproduzir. Todo mundo tem que fazer a sua parte. E cabe ao poder público, principalmente, cumprir esse papel. E ir além, com campanhas sistemáticas de conscientização da população”, observou o leitor.
Potenciais criadouros
Cadê o mutirão que prometeram? Na manhã desta segunda-feira, 18, moradores da vizinhança do Sase relataram ao repórter de A Voz da Serra, que dois funcionários da prefeitura estiveram no local — para avaliar a situação, de novo, ficaram de voltar no início da tarde, para dar continuidade à limpeza do terreno mas até as 16h, ninguém apareceu.
Neste fim de semana, diversos recados foram enviados à redação, reclamando pela “enésima” vez do abandono do terreno, e da crescente preocupação com a disseminação do vírus da dengue. “A saga SASE continua! Não voltaram para acabar a limpeza. Foi só para calar a boca da imprensa. Hoje cheguei na confecção e tive a notícia de mais uma funcionária com dengue e outra que foi procurar atendimento agora pela manhã. As duas funcionárias residem próximo ao Sase, na mesma rua. Além do problema de saúde tem todo o prejuízo do nosso trabalho. Não são poucos os problemas que temos tido ao longo desses anos com o abandono desse prédio!”, escreveu uma das leitoras.
Outro leitor citou, além do “viveiro de Aedes aegypti”, a permanência de pessoas em situação de rua, que moram no prédio. “Ali, eles vivem num estado de absoluta promiscuidade, jogam restos de comida entre outros dejetos dentro e fora da “moradia”, garrafas de bebidas, pratos e copos de plástico, embalagens de quentinhas, roupas e calçados estragados, e para piorar, usam drogas. Já presenciamos cenas agressivas e brigas entre eles e contra pessoas que passam pela calçada, no ir e vir de trabalhadores e estudantes. Enfim, a situação ali está insuportável. O prefeito tem que tomar uma atitude, encontrar uma solução e dar fim a esse cenário degradante, de uma vez por todas. Não aguentamos mais! Queremos viver e trabalhar em paz e com segurança!”.
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