Lula é o novo Presidente do Brasil

Em Nova Friburgo, Lula teve 40,56% dos votos e Bolsonaro 59,44%
domingo, 30 de outubro de 2022
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Flickr)
(Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Flickr)

Pouco antes das 20h do último domingo, 30, com mais de 98% das urnas apuradas, foi confirmada a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o novo Presidente da República. Com 100% das urnas apuradas, Lula alcançou 50,9% dos votos válidos e Jair Bolsonaro (PL) ficou em segundo, com 49,1% dos votos válidos em todo o Brasil. 

Em Nova Friburgo, Lula teve 40,56% dos votos (46.661) e Bolsonaro 59,44% (68.371). As abstenções foram 21,8% (33.802), brancos 1,51% (1.824) e nulos 3,65% (4.432). No estado do Rio, Lula teve 43,47% dos votos (4.156.217) e Bolsonaro 56,53% (5.403.894). Abstenções foram 22,24% (2.853.222), brancos 1,27% (126.645) e nulos 2,88% (287.066).

Em pronunciamento à nação, Lula diz que vitória é do povo brasileiro

Em pronunciamento na noite de domingo, após eleito presidente do Brasil pela terceira vez, Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu o povo brasileiro, disse que governará para todos – quem votou e quem não votou nele – e reafirmou compromissos assumidos durante a campanha. A prioridade número 1 é combater a fome e criar condições para que todos os brasileiros tenham acesso a, ao menos, três refeições por dia.

“Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário. Se somos o terceiro maior produtor mundial de alimentos e o primeiro de proteína animal, se temos tecnologia e uma imensidão de terras agricultáveis, se somos capazes de exportar para o mundo inteiro, temos o dever de garantir que todo brasileiro possa tomar café da manhã, almoçar e jantar todos os dias”, disse.

Ao lado da esposa Janja, do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e de outros nomes da Coligação Brasil da Esperança, o presidente eleito afirmou que o povo brasileiro é que foi vencedor de uma das eleições mais importantes da história. “Esta não é uma vitória minha, nem do PT, nem dos partidos que me apoiaram nessa campanha. É a vitória de um imenso movimento democrático que se formou, acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais e das ideologias, para que a democracia saísse vencedora”.

Segundo Lula, a mensagem das urnas é que o povo brasileiro deixou claro que deseja mais – não menos – democracia, inclusão social, respeito, oportunidades para todos. “Em suma, deseja mais – e não menos liberdade, igualdade e fraternidade em nosso país. O povo brasileiro mostrou hoje que deseja mais do que exercer o direito sagrado de escolher quem vai governar a sua vida. Ele quer participar ativamente das decisões do governo.”

Na lista de desejos citados pelo presidente eleito, emprego, bom salário, saúde, educação, segurança, moradia, salário justo, viver com dignidade, comer bem, morar bem. “O povo brasileiro quer viver bem, comer bem, morar bem. Quer um bom emprego, um salário reajustado sempre acima da inflação, quer ter saúde e educação públicas de qualidade”.

Das sinalizações de um novo governo, Lula falou em retomar o protagonismo internacional, fazer a economia crescer, atraindo investimentos externos, lutar contra a crise climática e proteger todos os biomas, sobretudo a Amazônia, com meta de desmatamento zero.

Ele também falou em reconstruir o país em diferentes dimensões, buscar a paz, o entendimento e a democracia real e concreta. “É essa democracia que nós vamos buscar construir a cada dia do nosso governo. Com crescimento econômico repartido entre toda a população, porque é assim que a economia deve funcionar – como instrumento para melhorar a vida de todos, e não para perpetuar desigualdades”.

Lula aposta na reconstrução e transformação do país

O programa de governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, é intitulado Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil. Entre as propostas, está a revogação da Reforma Trabalhista, para proteger as relações de trabalho dos autônomos, trabalhadores domésticos, o teletrabalho, e os trabalhadores de aplicativos.

Para aumentar a oferta de emprego, a meta é investir em infraestrutura, habitação e na reindustrialização nacional. Promover a reforma agrária e apoiar o empreendedorismo. Além disso, a chapa quer enfrentar a fome e a pobreza com mais renda para os mais pobres e a renovação e ampliação do programa social Bolsa Família, além da implantação de um programa de acesso à moradia.

Na Educação, uma das metas é a recuperação da aprendizagem, impactada pela pandemia. Na Saúde, reduzir as filas do SUS e retomar os programas Mais Médicos, Farmácia Popular e o Programa Nacional de Vacinação. No setor cultural, a ideia é implantar o Sistema Nacional de Cultura e políticas para reestruturar o setor. Na segurança, a implantação do Sistema Único de Segurança Pública, com qualificação dos policiais.

As metas incluem, ainda, proteção dos direitos e de territórios dos povos indígenas, quilombolas e populações tradicionais. Além de promover direitos e atenção a crianças e adolescentes órfãos na pandemia.

O plano ainda prevê o fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente e da Funai. Também o compromisso em revogar o teto de gastos e rever o atual regime fiscal brasileiro, com uma reforma tributária e mudança na política de preços de combustíveis.

O projeto de governo do Lula também quer barrar a privatização da Petrobras, do Pré-Sal, da Eletrobras e dos Correios. A chapa ainda propõe “a retomada” do diálogo com representações populares e o combate a mineração ilegal.

 

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