Fluminense: campeão da Libertadores 2023

Quem espera...
segunda-feira, 06 de novembro de 2023
por Vinicius Gastin
(Fotos: Leitores)
(Fotos: Leitores)

Foram 15 anos desde aquela fatídica noite de 2008, no Maracanã. O Tricolor nunca esqueceu, tampouco desistiu. Se realmente os deuses da bola existem, eles preparavam algo ainda mais especial. No mesmo palco, é verdade, mas com personagens e histórias diferentes. Pra tornar diferente aquela história, que agora se torna apenas uma vírgula.

Fernando Diniz, sempre questionado, não abriu mão de ser quem é. De quem queria ser, com o seu estilo de jogo e filosofia de trabalho. Também não abriu mão de quem quer que seja. De John Kennedy, garoto que poderia ser mais um a rumar pelo caminho tortuoso oferecido pelo mundo. E agora um mundo de oportunidades se abre para Kennedy, depois de ganhar a América. O futebol e o seu incrível poder de tornar qualquer ser mais humano.

América esta que se veste de verde, branco e grená, sobrepondo a um azul e amarelo pesado, difícil de ser vencido. Cano abriu o placar e tudo parecia caminhar bem, até o Boca começar a jogar o futebol que, em momento nenhum, jogou nesta Libertadores. O gol de empate, marcado por Advíncola, parecia aproximar os argentinos de uma possível virada, diante da incredulidade tricolor. E da chance perdida por Diogo Barbosa, no último lance do tempo normal.

Se não fosse pra ser, não teria sido desde as dificuldades enfrentadas nas oitavas. Ou no caldeirão paraguaio, nas quartas. Sem falar do Beira-Rio e Valencia, nas semifinais. Havia mesmo chegado a hora, tricolores! O roteiro da Libertadores de 2023 já havia sido escrito há bastante tempo, com os seus heróis e seu dono. Com Cano, Arias, Nino, Kennedy, Diniz e companhia, e sem dúvidas, com a bênção de João de Deus. Com a libertação de milhões que viveram aprisionados por uma noite de 2008. E que agora repousam em paz na glória eterna. 

Fluminense até morrer

Uma homenagem ao velho e saudoso tricolor amigo Laércio Ventura

(Por Ricardo Vilarinho)

(Ricardo Vilarinho)

 Nem sempre a vida proporciona uma segunda chance a quem luta por uma vitória. E nos esportes assim como em todas atividades a luta pela a glória máxima é árdua e muitas vezes nos parece injusta.

Foi quando, quinze anos depois já octogenário, tive que tomar a decisão definitiva. Vou ou não ao Maracanã no sábado ver a final Fluminense e Boca Júniors.

Aquela noite em que perdemos para a LDU - época  no maior palco de futebol do mundo, nossa primeira oportunidade  de ver o Fluminense campeão das Américas.

A família falou mais alto e lá fui eu junto com sobrinhos, filhos e minha parceirinha Camila desde o meio dia em busca da Glória Eterna.

Meus contemporâneos sabem o quanto idosos choram mais fácil. O tempo e as peripécias por que passamos durante as longas trajetórias percorridas nos torna mais emotivos e chorões. Os caminhos pelas ruas tijucanas até o Maracanã, intercalando um chopinho aqui e ali até chegar ao portão principal.

(Laércio Ventura)

Foi tranquilo passar por todas as revistas até a entrada do estádio. E lá estava o "coliseu" em dia de lutas dos gladiadores versus leões. E não foram menos emocionantes as primeiras trocas de passes do tricolor até o gol do Cano. Um choro só com abraços e beijos. Em pé durante todo o jogo o patriarca da família sofreu muito no gol do empate.

Eis que surge o presidente lépido e fagueiro, nosso herói John Kennedy para explodir o já cansado coração de um ex-nadador da equipe de natação do seu Fluminense com o gol da vitoria.

Fim de jogo na arquibancada a família desabou abraçada entre lagrimas envolta por tricolores de todas as idades, que durante horas gritavam: vamos tricolores chegou a hora vamos ganhar a Libertadores durante toda a fantástica conquista deste sábado inesquecível.

Somos campeões da Libertadores 2023.

A maldição do Maraca

(Por Jornalista João Carlos Leal)

(Jornalista João Carlos Leal)

Tricolor contido. Conhece o tipo? Sou eu. Muito prazer. Fui criado por algum trauma, ou maldição, que se deu lá mesmo, naquele estádio sagrado onde pais apresentam os filhos aos deuses do futebol e os batizam com as cores de seus times. Foi ali, onde se confirmam essas paixões familiares ou nasce o desejo - primeiro oculto, depois escancarado - de trairmos nossos ancestrais por bandeiras adversárias que surgiu esse tricolor contido.

Se bem me lembro, tudo aconteceu depois de uma derrota inesperada, num jogo dado como vitória certa. Para a minha sorte e a do meu pai, que me levou pela mão de Niterói ao Maraca, não troquei de time. Mas deixei o estádio cabisbaixo. Não sabia ainda, mas tinha sido possuído por essa estranha e sofrida forma de torcer.

Imagine a situação: Eu acredito piamente que se acompanho o jogo inteiro, se berro, se comemoro, se respiro mais forte, posso transformar a maior goleada em derrota histórica.

Mas no sábado passado acompanhei o jogo todinho contra o Boca. Todinho, todinho, não. Ainda tentei proteger meu time, me ausentando vez por outra da sala e contendo o grito na hora dos gols. Mas respirei forte e, claro, chorei no fim. Minha esperança é a de que a maldição tenha sido quebrada. De qualquer forma, prometo cautela. Não quero melar nossas chances de um título mundial!

VIVA O FLUZÃO!!!! CAMPEÃO DA LIBERTADORES!!!!!

Paixão à primeira vista, ou melhor, à primeira "ouvida"

(Por Liliana Sarquis)

Comecei a torcer pelo Fluminense sem influência de ninguém. Foi paixão à primeira vista, ou melhor, à primeira "ouvida". Sim, foi por causa de uma partida transmitida no rádio, em 1969. Flu campeão carioca. De lá pra cá, foram muitos títulos, mas faltava este. E eu, em pleno festival Rock the Montain. Saí no meio do show de Alcione - me desculpe, Marron - para assistir a este emocionante título. O que Diniz fez com os jogadores, é impressionante. Principalmente com Jonh Kennedy. Uma Libertadores com o verde da esperança, com o branco da harmonia e com o sangue do encarnado, com amor e com vigor! Que venha o Mundial! 

(Liliana Sarquis)

  • Dr. Armando Lemos e a esposa Cinthia

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  • Gustavo Valladares e amigos em festa

    Gustavo Valladares e amigos em festa

  • Daniel Turque e amigos no Maracanã

    Daniel Turque e amigos no Maracanã

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