Educação estadual em greve

Greve foi anunciada na semana passada, depois da proposta do Governo do Estado de não contemplar todas as carreiras na incorporação do piso nacional do magistério
quinta-feira, 18 de maio de 2023
por Christiane Coelho (Especial para A VOZ DA SERRA)
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

Os professores da rede estadual de ensino iniciaram nesta quarta-feira, 17, uma greve por tempo indeterminado. De acordo com o coordenador do  Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe) em Nova Friburgo e Região, professor Daniel Campos, o movimento teve adesão de cerca de 75% dos profissionais de Nova Friburgo no primeiro dia. No município há 26 escolas da rede estadual e, de acordo com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, no início do ano letivo eram 9.357 alunos matriculados na rede em Nova Friburgo, não sendo contabilizada a unidade Ceja (ensino de jovens e adultos).

A greve foi anunciada na semana passada,  depois da proposta do Governo do Estado de não contemplar todas as carreiras na incorporação do piso nacional do magistério, apenas concedendo um reajuste dos salários que estão abaixo do piso. Daniel compartilhou nesta quarta-feira, 17, nas redes sociais do Sepe um vídeo, gravado em frente a um dos maiores colégios estaduais de Nova Friburgo, o Jamil El-Jaick, no Centro. “A categoria está muito indignada com a proposta do governador de implementar o piso nacional, sem respeitar o plano de carreiras dos servidores. A perda salarial para alguns chega a R$ 3 mil”, exemplificou.

Segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), 33% dos aposentados e 42% da ativa recebem abaixo do piso. Com a proposta do governador Cláudio Castro, quem ganha acima do piso não receberá nenhum reajuste. A nota do sindicato informa que “no entendimento do Sepe, tal proposta poderá destruir o Plano de Carreira e achatar o salário da categoria, pois o projeto não leva em conta a carreira do profissional e bagunça o plano de carreira atual, tão duramente conquistado. Assim, o correto é o piso ser implementado a partir do vencimento inicial da carreira e ser adequado proporcionalmente aos demais níveis, exatamente o que o governo anunciou que não irá fazer.”

O sindicato também informou que, outra questão a ser destacada é a ausência de propostas de reajuste aos demais servidores da educação, convocação de novos concursados e a realização de novos concursos, cumprimento do acordo de recomposição salarial, entre outras pautas. A nota da entidade destaca que “o governo , dessa forma, quer implementar  uma política que representará um enorme apagão na rede estadual com o risco de fechamento das escolas por falta de professores e dos demais profissionais da educação.” O coordenador do Sepe de Nova Friburgo informou também que nesta-quinta-feira, 18, haverá um ato da categoria no Rio de Janeiro.

O que diz o Governo do Estado

Em nota, o Governo do Estado informou que 96% dos professores da rede trabalharam normalmente nesta quarta-feira, 17. A nota diz ainda que “esta maioria tem percebido o empenho do governo em chegar a uma solução que possa contemplar toda a categoria.”

Também foram publicadas nesta quinta, no Diário Oficial do Estado, 337 nomeações de professores classificados nos concursos promovidos em 2013 e 2014. De acordo com o Estado, são profissionais, selecionados para os cargos de professor docente I - 18 horas e professor docente I - 30 horas.

Os professores nomeados já participaram do Programa Integração e Acolhimento dos Novos Servidores. A iniciativa tem como objetivo apresentá-los à estrutura da Secretaria de Educação, aproximar os docentes da pasta e, ainda, disponibilizar informações gerais sobre a rede.

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