Dia Internacional da Mulher — Data reforça importância da luta das mulheres por direitos

Entre 2014 e 2019, cerca de 10 milhões de mulheres brasileiras eram responsáveis pela manutenção e sobrevivência de suas casas e famílias
quinta-feira, 07 de março de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

Celebrado em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher é uma data simbólica para a luta histórica das mulheres por mais direitos e equidade socioeconômica. Oficializada em 1975 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data relembra uma série de protestos, greves e manifestações femininas ao longo do século 20.

Mesmo em meio a notáveis avanços de direitos, a realidade ainda não é das mais favoráveis para as mulheres. Representando a maioria da população brasileira (51,8%), as mulheres ainda enfrentam a sub-representação política, desigualdade salarial, falta de políticas públicas específicas, além das violências de gênero e machismo estrutural.

Segundo a Inter-Parliamentary Union (organização internacional dos parlamentos dos Estados soberanos), o Brasil é um dos países com menor representatividade política feminina na América Latina, ocupando o terceiro lugar nesse ranking.

Nesta data importante para a visibilidade da luta delas, divulgamos sete dados importantes sobre as mulheres no Brasil:

  • Elas são maioria nas universidades

Estudos do Mapa do Ensino Superior no Brasil 2020 apontam que 57% dos estudantes do ensino superior são mulheres. Elas são maioria nos cursos de Pedagogia (92,5%); Serviço Social (89,9%); Nutrição (84,1%); Enfermagem (83,8%); Psicologia (79,9%) e Fisioterapia (78,3%).

  • Quase a metade dos lares brasileiros são sustentados por mulheres

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 45% dos lares brasileiros são sustentados por mulheres. Entre 2014 e 2019, cerca de 10 milhões de mulheres eram responsáveis, exclusivamente, pela manutenção e sobrevivência de suas casas e famílias.

  • A maioria dos artigos científicos são produzidos por elas

De acordo com a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI, criada em 1949), 72% das produções científicas do Brasil são realizadas por mulheres.

  • Mulheres são maioria entre os profissionais da saúde

Levantamento do Censo do IBGE demonstra que dos mais de seis milhões de profissionais da saúde — do setor público e privado — 65% são mulheres. No SUS, seja nos serviços básicos ou na gestão do Sistema, também são protagonistas.

  • O eleitorado brasileiro é de maioria feminina

Dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram que 52,6% dos eleitores brasileiros são mulheres. Considerando eleitores com nível superior completo, mulheres também são maioria (60%).

  • A maioria dos leitores brasileiros é formado por mulheres

Segundo o Ibope de Inteligência para o +Mundo Marketing, 60% dos leitores do Brasil são mulheres. A importância de ressaltar esse dado é que, antes do século 19, ler era um ato de resistência. Isso porque o acesso ao conhecimento era tido como algo exclusivo para homens. Mulheres que ousavam ir contra ao estipulado pela sociedade da época sofriam represálias.

  • Crescimento da representatividade feminina na política

Nas eleições de 2022, a bancada feminina na Câmara dos Deputados aumentou 18%. Entre os candidatos mais votados, mulheres estavam no topo em oito estados e no Distrito Federal. Atualmente, mulheres representam 15% das cadeiras.

“Se queremos um país mais democrático e igualitário precisamos mudar o curso dessa história. Queremos mulheres no alto escalão das empresas, atuando em setores que são, hoje, dominados por homens e também queremos que elas estejam cada vez mais engajadas na política, a maior ferramenta de transformação social,” defende Samanta Costa, presidente da Fundação 1º de Maio, criada em 2014.

(Fonte: www.fundacao1demaio.org.br)

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