Um menino, de 3 anos, foi retirado da sala de aula, do Centro Municipal de Educação Infantil Leda Tavares Moreira, no bairro Vila Nova, levado para a cozinha da unidade, obrigado a subir em uma balança, enquanto sete funcionárias, incluído a diretora da creche, riam e zombavam dele. O fato aconteceu para verificar quem teria acertado o peso do menino. As funcionárias fizeram uma aposta entre elas para adivinhar “quantas arrobas ele tem”, segundo as mensagens trocadas por WhatsApp no grupo de funcionários da escola.
O ocorrido só chegou ao conhecimento da mãe da criança, através de mães de outros alunos. Ela, então, foi à escola e outras profissionais da unidade informaram sobre a situação, passando para ela, inclusive, os prints das conversas no grupo de WhatsApp dos funcionários da creche.
A mãe do menino, então, decidiu buscar ajuda recorrendo à vereadora Priscilla Pitta, que enviou denúncia à Promotoria da Justiça da Infância e Juventude de Nova Friburgo, descrevendo o que aconteceu. “Inconformadas com a prática de tal ato de crueldade em um ambiente que deveria garantir a segurança e o bem-estar desta criança, outras professoras denunciaram o ocorrido e expuseram um print de uma conversa, onde a "ganhadora" do prêmio, a auxiliar de creche, passa o número da sua chave pix para que a demais participantes da “brincadeira” pudessem realizar a transferência de R$ 10, cada.”
O que diz a prefeitura
A Prefeitura de Nova Friburgo informou, através de nota, que “os servidores que praticaram atos semelhantes a este caso, ainda que concursados, foram demitidos por justa causa ao término dos processos de apuração, com respeito à ampla defesa e contraditório.”
De acordo com a prefeitura, a portaria de afastamento é de 22 de agosto, publicada em 28 de agosto, e com efeitos a partir de terça-feira, 29.
A nota informa ainda que “a Administração Pública Municipal, ciente da gravidade dos fatos, abriu processo administrativo disciplinar para apuração do ocorrido e, de ofício, determinamos, no dia 22 de agosto de 2023, o afastamento cautelar das servidoras envolvidas, a fim de evitar novas condutas de igual natureza, bem como a interferência no processo apuratório.”
A prefeitura disse também que “na mesma decisão, determinamos a remessa de cópia integral dos autos ao Ministério Público para as apurações cabíveis na esfera criminal e da infância e juventude.”
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