Como será o inverno?

Atípico: influência do El Niño na estação mais fria do ano não será como no inverno passado
sexta-feira, 23 de junho de 2023
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
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O inverno começou no hemisfério Sul, na quarta-feira, 21, às 11h58, e vai embora no dia 23 de setembro, às 3h50. Mas, a presença do El Niño neste ano vai ser bem diferente dos anteriores, com as temperaturas acima do registrado nos últimos anos. O fenômeno vai bloquear frentes frias, em especial no Sul do país, e trazer mais chuvas tanto no inverno quanto na primavera. 

No Sudeste, as temperaturas ficam até 2°C mais quentes do que o esperado. Mas… a dúvida agora é se teremos um 'Super El Niño' com calor até 2,5°C acima da média, em algumas regiões do planeta.

"Apesar da concordância entre os modelos, ainda existe uma incerteza em relação à intensidade do fenômeno, podendo variar de moderado a forte. As projeções para os próximos meses indicam uma probabilidade de 75% para a ocorrência de um episódio do El Niño para o trimestre junho, julho e agosto de 2023", explica relatório do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O que é o El Niño

É quando ocorre o aquecimento da superfície das águas do Oceano Pacífico na região da linha do Equador de forma anormal e persistente. O fenômeno se forma no segundo semestre do ano e não tem um tempo de duração definido, podendo persistir por anos.

"No Brasil, o fenômeno aumenta o risco de seca na faixa norte das regiões Norte e Nordeste e de grandes volumes de chuva no Sul do país. Isso ocorre porque a água da superfície do Pacífico, que está muito mais quente do que o normal, evapora com mais facilidade. Ou seja, o ar quente sobe para a atmosfera mais alta, levando umidade e formando uma grande quantidade de nuvens carregadas", explicam os meteorologistas do Inmet.

A presença do “Menino” no inverno de 2023 marca o fim da La Niña, depois de três anos. De forma  oposta, o fenômeno é caracterizado pelo resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, alterando os regimes de chuva na América do Sul. O Rio Grande do Sul e a Argentina, por exemplo, enfrentaram seca histórica nos últimos anos em consequência da “Menina”. 

Frio e calor, intercalados

Os modelos meteorológicos analisados pelo MetSul apontam que, de maneira geral, o inverno deste ano vai ser caracterizado por temperaturas mais elevadas que o normal. "As maiores anomalias positivas são indicadas para o Brasil central, em particular no Centro-Oeste e parte de Minas Gerais. A projeção que desvia um pouco é a do modelo da Nasa que antecipa mais frio do que o normal para áreas próximas da costa do Rio Grande do Sul e Santa Catarina", explica o serviço meteorológico MetSul.

Já para regiões entre o Planalto Central de Minas Gerais e o interior de São Paulo, as temperaturas ficarão acima da média, ou muito acima. Mas isso não significa que não haverá frio. "O que ocorre é uma menor frequência de dias frios com menos episódios de temperatura muito baixa quando se compara a anos de La Niña. Assim, embora indicativos de El Niño e dos modelos dos padrões históricos, alguns dias gelados devem ser esperados", diz o MetSul.

Para São Paulo, a chuva tende a ficar um pouco acima da média no estado, assim como no oeste do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso — especialmente em agosto, segundo o modelo usado pelo Climatempo. Para as regiões Centro-Oeste e Norte, as temperaturas devem ficar acima da média, com pouca chuva. O Nordeste pode registrar recordes de calor, ficando com temperaturas acima da média até a primavera, que começa em 23 de setembro. (Fonte: exame.com)

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