Cantoras que revolucionaram a história da música brasileira

Através destas seis mas representativas cantoras, homenageamos todas, sem exceção!
sexta-feira, 25 de novembro de 2022
por Jornal A Voz da Serra
Cantoras que revolucionaram a história da música brasileira

Quando pensamos em música, lembramos de incontáveis artistas talentosas, com histórias e carreiras incríveis. Vozes femininas que fizeram e continuam fazendo sucesso, se destacando aqui e no exterior, em todos os gêneros musicais. Através destas seis mas representativas cantoras, homenageamos todas, sem exceção! 

Elis Regina

A gaúcha Elis Regina de Carvalho Costa, nascida em 1945, começou a cantar aos 11 anos, no programa “Clube do Guri”, na Rádio Farroupilha. Em 1960, contratada pela Rádio Gaúcha, foi eleita a Melhor Cantora do Rádio. Aos 16 anos, em uma de suas viagens para o Rio, lançou o primeiro disco, “Viva a Brotolândia”. Considerada uma das vozes mais marcantes de todos os tempos da música brasileira, inúmeras canções foram eternizadas na sua voz: Águas de Março, Casa no Campo, Como Nossos Pais, O Bêbado e o Equilibrista. Em menos de 20 anos de carreira, interpretou canções dos mais variados estilos, gravou importantes discos, realizou turnês pelo Brasil e pelo mundo. Faleceu em 1982, em São Paulo, aos 36 anos. 

Maria Bethânia

Maria Bethânia Viana Teles Veloso nasceu em 1946 em Santo Amaro da Purificação (BA). Em 1963 atuou na peça teatral Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, e em 1964 participou do show Nós, Por Exemplo, ao lado do irmão Caetano, Gal, Gil e Tom Zé, na inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador. A data 13 de janeiro de 1965 marca o início do que se tornaria uma consagrada carreira, ao se apresentar no show Opinião, no Rio, a convite de Nara Leão. Suas apresentações expressam sua maestria na interpretação de canções que tornam-se clássicas em sua voz. Tem 34 discos gravados em estúdio e 15 álbuns ao vivo, além de outros 11 com compilações de seus grandes sucessos, e 65 participações em obras de outros artistas. 

Rita Lee

A paulistana Rita Lee Jones de Carvalho é uma das maiores representantes do rock brasileiro, reconhecida como uma das primeiras compositoras brasileiras a falar sobre o empoderamento das mulheres em um meio machista, como o rock. Nascida em 1947, filha de um imigrante americano e de uma pianista, com 15 anos começou a mostrar sua veia artística tocando bateria. Aos 19, com os irmãos Sérgio e Arnaldo Baptista, formou a lendária banda Os Mutantes. Em 1967, a banda acompanhou o cantor Gilberto Gil na música Domingo no Parque, no III Festival da Música Popular Brasileira, e no ano seguinte acompanhou Caetano na canção É Proibido Proibir, no Festival Internacional da Canção (FIC). No mesmo ano a banda assinou contrato com a Polydor, que lançou o primeiro disco do trio. Em 1970, acompanhada dos Mutantes, Rita gravou seu primeiro disco solo, Build Up; em 72 deixou a banda; e em 76 lançou Ovelha Negra” ficando em 1º lugar nas paradas. Daí em diante emplacou um sucesso após outro, gravados por diversos artistas.

Elza Soares

Elza Soares nasceu num subúrbio do Rio, em 1930, filha de um operário e de uma lavadeira. Começou a cantar com o pai, que tocava violão, mas teve uma infância dura e interrompida por um casamento arranjado pelo pai quando tinha apenas 12 anos; com 13 anos deu à luz a seu primeiro filho. A carreira começou com o 1º teste na Rádio Tupi, quando ficou em 1º lugar no programa de calouros de Ary Barroso. Em 60, gravou o 1º CD e ficou conhecida com Se acaso você chegasse. Ao longo de sua trajetória, com sua postura firme e voz potente marcou obras do samba, MPB e bossa, lançou 34 discos e diversas homenagens. Em 2000, recebeu da emissora BBC Londres o título de “A Melhor Cantora do Universo”, e foi enredo da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel. Elza usou sua arte para lutar contra o racismo e a violência doméstica, do qual foi vítima. Faleceu de causas naturais no início de 2022.

Cássia Eller

Cantora, compositora, multi-instrumentista e grande representante do rock brasileiro dos anos 90, além do seu talento inegável, a carioca Cássia Eller também provocava grandes polêmicas. Morta aos 39 anos, em 2001, após um infarto do miocárdio causado por malformação do coração, deixou um legado como mulher, mãe, artista e representante LGBT+. Arrastava multidões para seus shows e lançou 10 álbuns ao longo de apenas 12 anos de carreira. Foi eleita pela revista Rolling Stone Brasil a 18ª maior voz e a 40º maior artista da música brasileira. Enfim, Cassia Eller forjou uma trajetória artística curta, mas intensa.

Gal Costa

Maria das Graças Penna Burgos nasceu em Salvador (BA), em 1945. Uma das maiores artistas da MPB de sua geração e inspiração para novas cantoras, ao longo de sua carreira lançou cerca de 40 discos e gravou importantes compositores brasileiros. Suas gravações refletem os diversos gêneros musicais que abraçou e foi eleita pela revista Rolling Stones Brasil, em 2012, a 7ª maior voz da música brasileira. Integrou o movimento cultural brasileiro Tropicalismo, no final dos anos 1960, fase em que absorveu influências do canto rasgado de Janis Joplin e da “psicodelia” de Jimi Hendrix. Sua morte há menos de 3 semanas, em 9 de novembro, deixou o Brasil em choque.

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