Além das telas e dos controles: Museu do Videogame é atração em Nova Friburgo

Acervo com quase 50 anos de história diverte pessoas de todas as idades
terça-feira, 04 de abril de 2023
por Nathalia Rebello*
(Fotos: Henrique Pinheiro)
(Fotos: Henrique Pinheiro)

Chegar da escola, jogar a mochila na cama, ligar o console e logo botar a mão no controle: esse é um ritual comum na infância de muitas pessoas que cresceram com um videogame em casa. Desde os anos 70, equipamentos das marcas Sony, Nintendo, XBOX e Sega estiveram presentes na casa de milhares, criando-se memórias inesquecíveis de diversos jogos. E agora, graças ao Museu do Videogame, localizado no bairro Olaria, essas lembranças retornarão de forma tão excitante quanto um nível concluído.

Sérgio Pardal, dono da loja de eletrônicos Cyber Moon Electronics, reuniu seu grande acervo de colecionador de consoles, jogos e variedades de itens relacionados ao mundo gamer em sua lan house a fim de expor seu amor por esse mundo. Desde a pandemia, conversou com pessoas não só da cidade mas do país inteiro a fim de trocar e vender seus objetos, onde alguns hoje valem até R$ 5 mil.

Junto a outros colegas com a mesma paixão, como Saulo Emerick e Diego Eyer, criou um clube para aumentar ainda mais a coleção de todos. Com direito a carteirinha oficial, qualquer aficionado por games pode fazer parte e assim debater, participar da troca de equipamentos ou até mesmo levar seu aparelhos e jogos para consertos que acontecem na própria loja.

Nostalgia 

"Comecei minha coleção entre 1999 e 2000. Fui o primeiro a começar o tal do garimpo em Friburgo, que era ir atrás de quem tinha locadora, ir atrás de quem tinha games em casa… Assim comecei a fazer um montante para minha coleção", conta Saulo, nomeado como co-fundador do clube e museu.

"Às vezes tem um cartucho que custa R$ 50 e um console de R$ 200. Só que o colecionador que tem o console quer aquele cartucho. A gente não visa o valor da mercadoria na troca. Não é questão de prejuízo. Eu queria, ele queria e a gente troca”, conta Sérgio sobre como funcionam as trocas e vendas das raridades.

Ele também observa que grupos de internet com mais de 90 mil participantes do Brasil e do mundo estão em busca de aumentar suas coleções.Tudo é feito na base da confiança, onde se um deles falhar na entrega do produto ou dinheiro logo é banido. O grupo Top Game Brasil, um dos maiores de retrô game na rede social Facebook, oferece leilões e debates sobre o universo dos jogos.

“A melhor parte é ver a emoção. As vezes tem pessoas da minha idade, com 60 anos, que falam ‘Caramba! Que nostalgia!’. Era a época em que todo mundo se reunia ali por horas juntos jogando, e hoje em dia o cara fica só no celular, no online. Até mesmo a molecada, que nunca jogou mas reconhece, porque já viu em algum lugar. O mais gostoso é isso: dividir o que a gente tem com as pessoas para ter essa nostalgia”, destaca Sérgio. 

Ali estão expostas 50 anos de história. Uma linha do tempo com cada controle, console, jogo e personagens que marcaram a vida de diversas pessoas. Uma simples visita à loja é também uma visita ao passado, relembrando momentos bons com ótimas companhias.

Para aqueles que têm curiosidade ou até mesmo um jogo em casa afim de consertá-lo, a loja fica na Rua Manoel Lourenço Sobrinho, 35, em frente a quadra da escola de samba Imperatriz de Olaria. 

*estagiária com supervisão de Henrique Amorim 

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