Renato Sippli de Moraes, respeitado nutricionista friburguense, dividiu com o colunista Massimo alguns apontamentos a partir de recente estudo publicado pela Universidade de Turim que indica um contingente significativo de pessoas com carência de vitamina D entre a população mais atingida pela Covid-19.
Evidentemente são estudos preliminares, mas que sugerem o efeito positivo de alguns velhos hábitos para fortalecer o sistema imunológico.
Preparar o corpo
“Dados epidemiológicos sugerem que, mais cedo ou mais tarde, todos nós seremos expostos ao novo coronavírus, assim como não conseguimos fugir a vida inteira da gripe comum e de outros vírus espalhados pelo mundo.
No entanto, estudos já mostram que pelo menos 2/3 das pessoas que contraem o novo coronavírus são assintomáticas, e isso provavelmente ocorre porque essas pessoas contam com um sistema imunológico mais bem preparado do que as que estão no grupo de risco. É importante, portanto, cuidar para que nosso organismo esteja pronto para responder da melhor forma possível em caso de contaminação.”
Frutas e legumes
“Para um sistema imunológico fortalecido, alguns aspectos são fundamentais: sono de qualidade, prática regular de atividade física, redução de estresse crônico, não fumar, e é claro, uma alimentação saudável.
É importante aumentar o consumo de frutas e verduras de forma geral. Recomendada-se o consumo de três porções de frutas distribuídas ao longo do dia, e deve-se dar preferência às que são ricas em vitamina C (acerola, goiaba, laranja, limão, kiwi). Além de vitaminas e minerais, frutas e verduras são ricas em polifenóis e fibras, indispensáveis para saúde imunológica e intestinal.”
Vitamina D
“Outra substância de fundamental importância para melhora da imunidade é a vitamina D, sintetizada principalmente pela exposição ao sol. Um estudo da Universidade de Turim publicado nesta semana relacionou os casos mais graves de Covid-19 à deficiência de vitamina D.
Assim, devemos nos expor ao sol por pelo menos 30 minutos diários, e, caso isso não seja possível, pode-se fazer a suplementação de vitamina D3. Uma dose de 5.000 U.I por dia até o final do inverno é suficiente para elevar a vitamina D sanguínea a níveis ótimos na maioria das pessoas.”
Zinco e selênio
“Assim como a vitamina D, outros nutrientes que a população costuma apresentar deficiência e que são indispensáveis para um sistema imune forte são zinco e selênio. Por isso devemos consumir oleaginosas (castanhas do Pará e de caju, amêndoas e nozes) frequentemente. Outros alimentos que podemos usar diariamente para fortalecer nosso sistema imunológico são: alho, cebola, aveia, gengibre, cúrcuma, cogumelos, mel e própolis em gotas (que podemos diluir em sucos ou em água). Os menos conhecidos kefir e kombucha, que são fontes de probióticos, também são de grande importância.”
Dietas
“Evidentemente essas são sugestões genéricas, somente consultas regulares a médicos ou nutricionistas poderão indicar carências e específicidades de cada indivíduo. Em alguns casos, por exemplo, a suplementação torna-se necessária. Zinco, ferro, magnésio, equinácia, probióticos, ômega 3, chlorella, N-acetil cisteína e glutamina são alguns dos principais suplementos voltados para imunidade e prevenção.
E é bom reforçar que este não é um bom momento para dietas restritivas. Dietas pobres em carboidratos e gorduras de boa qualidade normalmente baixam a imunidade.”
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