A situação é das mais delicadas. O Friburguense precisa fazer uma campanha perfeita nos quatro jogos restantes e ainda torcer por alguns resultados para se manter na Série A2 do Campeonato Carioca. O desafio não é simples, mas não dá para pensar no objetivo final sem viver cada partida. E a primeira dessa sequência decisiva será contra o Americano neste sábado, 8, às 14h45, no Eduardo Guinle.
O técnico Gerson Andreotti perdeu um de seus mais importantes titulares, o volante Ronaldo, suspenso por conta do terceiro cartão amarelo. O comandante tricolor pode fazer a opção pela entrada de um meia, tornando o time mais ofensivo, ou mesmo optar por alguém da posição. O experiente treinador, inclusive, evita jogar a toalha em relação à situação tricolor.
"Nossa situação é difícil, mas não é impossível. Estamos pecando muito, e não conseguimos ainda essa virada de chave. São garotos e eu sei como é isso. Mas vamos até o final”, resume.
Andreotti é, abertamente, um entusiasta do trabalho com jovens jogadores. Algo que, inclusive, o seduz a estar em Nova Friburgo por tantas temporadas. Contudo, o técnico sabe que existem pontos positivos e negativos neste tipo de contexto – criado, vale a pena reforçar, também pela falta de capacidade de investimentos para trazer atletas mais experientes.
"Temos um time de garotos, e nos momentos em que precisamos ficar com a bola, valorizar, o nosso time carece. Voltamos bem no segundo tempo contra o Gonçalense, na última terça-feira, 4, em Petrópolis, fizemos o gol e tivemos oportunidades de triangular e fazer mais. Aí pecamos num passe, numa condução a mais e no lado emocional, que é o pior nosso. Temos um time arrumado, e com um pouquinho mais de experiência, faremos um trabalho melhor. Ou mesmo com esses jogadores mais experientes. Temos que trabalhar o emocional, ir para o jogo em casa e fazer o nosso melhor", comenta Andreotti.
A questão emocional citada pelo técnico do Friburguense é notória. Por vezes o time consegue ser superior ao adversário, cria oportunidades e deixa de converter. Basta passar por uma situação adversa que o então controle da partida muda de lado.
Foi assim, por exemplo, contra o Macaé, em Nova Friburgo, e nesta última rodada com o Gonçalense. Diante do Americano, reduzir essas oscilações será fundamental para manter o clube vivo, ainda com chances de voltar a jogar a terceira divisão quase 30 anos depois.
"Temos bons jogadores, mas o garoto oscila muito. Com essa pressão da situação ruim, há um peso. E nessas oscilações estamos sofrendo. Pecamos muito no sistema defensivo, sofremos a maioria dos gols de bola parada. Contra o Macaé foi assim também. Fizemos um grande jogo, sofremos na bola aérea. E aí falta experiência. Além do resultado, eu vejo o trabalho. E nisso eu tenho orgulho dessa garotada”, finaliza Andreotti.
Tabela do Frizão
- Cabofriense 0 x 0 Friburguense
- Friburguense 0 x 1 Maricá
- Friburguense 0 x 2 Artsul
- Sampaio Corrêa 1 x 0 Friburguense
- Olaria 2 x 0 Friburguense
- Friburguense 1 x 2 Macaé Esporte
- Gonçalense 2 x 1 Friburguense
- 08/jul - Sáb - 14h45 - Friburguense x Americano
- 15/jul - Sáb - 14h45 - América x Friburguense
- 29/jul ou 02/ago - 14h45 - Friburguense x Resende*
- 02/ago ou 05/ago - 14h45 - Friburguense x CEAC/Araruama
*Jogo adiado da 5ª rodada
Classificação - Série A2
1 º- Olaria, 15 pts
2 º- Gonçalense, 15 pts
3 º- Artsul, 14 pts
4 º- Sampaio Corrêa, 14 pts
5 º- Americano, 12 pts
6 º - Maricá, 11 pts
7 º- Resende, 10 pts
8 º- Araruama, 10 pts
9 º- Cabofriense, 8 pts
10 º- América, 8 pts
11º- Macaé, 7 pts
12º- Friburguense, 1 pt
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