O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) do Rio de Janeiro – que em Nova Friburgo também representa os educadores municipais – emitiu uma nota no início da noite de terça-feira, 30 de junho, questionando a Prefeitura de Nova Friburgo quanto à imposição de atividades presenciais a profissionais de apoio da educação.
De acordo com o sindicato, através do novo decreto municipal que estendeu a suspensão das aulas presenciais até o dia 31 de julho, foram liberadas atividades presenciais internas nas unidades escolares do município, cujos respectivos profissionais de apoio já estariam sendo convocados. Ainda segundo o Sepe, alguns servidores teriam relatado que algumas escolas estariam solicitando aos trabalhadores que levassem de casa materiais de higiene, como álcool em gel e máscara.
“Em sua pressa por flexibilizar as medidas de isolamento social, Renato Bravo desconsidera a pandemia e, na prática, expõe inúmeros profissionais de apoio a um risco desnecessário e possivelmente fatal para eles e para suas famílias, estimulando o rompimento de medidas científicas e sanitárias recomendadas por todos os especialistas em saúde pública”, diz trecho do comunicado emitido pelo Sepe, que já mobilizou seu departamento jurídico para recorrer do que chama de “mais esse absurdo que desmoraliza a administração pública municipal, a qual promove campanhas em favor do isolamento mas hipocritamente expõe a população com medidas irresponsáveis de flexibilização”.
O que diz a prefeitura
Procurada por A VOZ DA SERRA para comentar as denúncias apresentadas pelo Sepe, a Prefeitura de Nova Friburgo informou em nota que os servidores estão sendo convocados “conforme estabelecido no decreto 620, de 29 de junho, para serviços de limpeza e manutenção, bem como o desenvolvimento de atividades administrativas, conforme necessidades de organização da própria unidade e, também, para apoiar os gestores, que vêm sendo acionados para atividades que não podem ser interrompidas, apesar da suspensão das aulas, e para ações específicas no contexto da pandemia, como entregar kits da agricultura familiar”.
Ainda segundo a nota, “não há falta de material como sabão, cloro ou álcool. Caso alguma unidade esteja precisando desses produtos, basta solicitar à Secretaria Municipal de Educação que, apesar de estar com sua equipe do almoxarifado ajudando na entrega das cestas básicas, fará chegar os produtos. Inclusive, muitos especialistas recomendam que se dê preferência ao uso do sabão. Em relação a produtos específicos como álcool em gel e álcool líquido 70%, as unidades receberam verba do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para essa destinação específica, além de a prefeitura também estar licitando estes produtos”.
A Prefeitura de Nova Friburgo, através da Secretaria Municipal de Educação, destacou que “a orientação aos diretores foi de que organizassem os profissionais do apoio de acordo com as necessidades individuais das unidades, seguindo os protocolos de segurança, lembrando que máscaras de barreiras para todos os funcionários da rede foram entregues aos diretores e que o retorno excluiu os servidores com mais de 60 anos e com alguma comorbidade”.
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