O Brasil avançou oito posições no ranking global da felicidade, divulgado anualmente pela Organização das Nações Unidas (ONU), e ocupa, em 2025, a 36ª colocação. O relatório, produzido em parceria com o instituto de pesquisa Gallup e a Universidade de Oxford, leva em conta fatores como o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, expectativa de vida saudável, apoio social, liberdade, generosidade e percepção de corrupção para determinar os países mais felizes do mundo.
A Finlândia lidera o ranking pela oitava vez consecutiva, reforçando a tendência de predomínio dos países nórdicos no topo da lista. Dinamarca, Islândia e Suécia completam os primeiros lugares, seguidos pela Holanda. Já os Estados Unidos registraram uma queda histórica e aparecem em 24º lugar, sua pior posição desde a criação do ranking, em 2012.
O que explica a melhora do Brasil no ranking?
O salto do Brasil no ranking da felicidade pode estar relacionado a diferentes fatores. O relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) destacou que o número de refeições feitas com companhia tem grande impacto na percepção de bem-estar, o que pode beneficiar países com uma cultura socialmente ativa e acolhedora, como o Brasil. Além disso, a quantidade de pessoas morando juntas também influencia a felicidade, e lares com quatro ou cinco pessoas foram apontados como os mais felizes em diversos países, especialmente na América Latina.
Outro ponto relevante é a melhora dos índices econômicos e sociais no país. Embora ainda enfrente desafios como desigualdade e percepção de corrupção, o Brasil demonstrou avanços em alguns aspectos, como recuperação do mercado de trabalho e ampliação de políticas sociais.
Brasil se destaca na América do Sul
Com a nova posição, o Brasil se tornou o segundo país mais bem colocado na América do Sul, atrás apenas do Uruguai, que ocupa o 29º lugar. O país superou o Chile, que caiu da 38ª para a 45ª posição, e também aparece à frente da Argentina, que está em 42º.
Na América Latina como um todo, o grande destaque foi a Costa Rica, que conquistou um feito inédito ao entrar no Top 10, ocupando a sexta posição e se tornando o país mais feliz da região. O México também teve um bom desempenho e figura na 10ª colocação.
Felicidade e qualidade de vida: o exemplo dos países nórdicos
Apesar dos avanços do Brasil, os países nórdicos continuam dominando o ranking da felicidade. Especialistas apontam que o segredo para esse resultado está no equilíbrio entre vida pessoal e profissional, além das fortes políticas de bem-estar social.
Na Finlândia, por exemplo, há um sistema educacional altamente eficiente, saúde pública acessível e um ambiente de trabalho que valoriza a qualidade de vida. Além disso, baixos índices de corrupção e um forte senso de comunidade contribuem para o bem-estar da população.
O Brasil pode melhorar?
Embora a 36ª posição represente um avanço significativo, o Brasil ainda tem espaço para melhorar no ranking da felicidade. Para isso, será fundamental reduzir a desigualdade social, ampliar o acesso à saúde e educação de qualidade e combater a corrupção, que continua sendo um dos principais fatores que impactam negativamente a percepção da população sobre o país.
Além disso, políticas públicas que incentivem o bem-estar social e a criação de ambientes que fortaleçam a convivência comunitária podem contribuir para que o Brasil continue sua trajetória ascendente nos próximos anos.
O relatório da ONU mostra que felicidade não está apenas relacionada a fatores econômicos, mas também à forma como as pessoas vivem e interagem em sociedade. No caso do Brasil, os laços sociais e o espírito comunitário podem ser aliados valiosos para continuar avançando nesse ranking nos próximos anos.
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